Quais os impactos da transição demográfica?

Transição Demográfica no Brasil: Um Estudo Sobre o Impacto do Envelhecimento Populacional na Previdência Social.

Autores

  • Michelly Vieira do Nascimento
  • Victor Hugo Dias Diógenes

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2020v8n1.45463

Palavras-chave:

Transição demográfica, Envelhecimento populacional, Previdência social, Gastos previdenciários

Resumo

A transição demográfica trata-se de uma mudança no comportamento da mortalidade e fecundidade de um país, o que provoca alguns efeitos principalmente na estrutura etária, gerando o envelhecimento populacional. Estima-se que a população brasileira começou a passar por esse processo por volta de 1970, quando a fecundidade começou a decrescer em conjunto da mortalidade. A nova estrutura envelhecida traz desafios para as políticas públicas do país, principalmente à previdência social organizada pelo regime geral (RGPS) que terá que se adaptar de acordo com a nova massa de seus beneficiários e contribuintes. Diante deste fato o presente trabalho tem por objetivo mostrar o impacto do envelhecimento populacional sobre os gastos com benefícios concedidos do RGPS. Para isto foi utilizada uma técnica demográfica conhecida como padronização direta, que possibilitou estimar uma taxa bruta de consumo em gastos previdenciários em uma população jovem (brasileira) e em uma população envelhecida (italiana), com a finalidade de compará-las e analisar como se dará o comportamento dos gastos previdenciários em uma população com uma estrutura etária idosa, como a esperada que o Brasil vivencie por volta de 2050. Como resultado observou-se um aumento dos gastos previdenciários com a população total, em especial, quando analisado por sexo, uma elevação nos benefícios concedidos aos homens.

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Quais os impactos da transição demográfica?

Como Citar

do Nascimento, M. V., & Dias Diógenes, V. H. (2020). Transição Demográfica no Brasil: Um Estudo Sobre o Impacto do Envelhecimento Populacional na Previdência Social. Revista Evidenciação Contábil &Amp; Finanças, 8(1), 40–61. https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2020v8n1.45463

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Seção Nacional

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A transição demográfica é uma premissa social elaborada pelo demógrafo estadunidense Frank Notestein, na primeira metade do século XX, para refutar, por meio de números e dados, a teoria populacional malthusiana, que afirmava que o crescimento demográfico ocorria em ritmo exponencial. Na concepção da transição demográfica, verifica-se que, na verdade, existe uma tendência em que as populações de diferentes lugares crescem conforme ciclos que se intensificam e depois se reduzem sob as mais diversas razões.

A teoria da transição demográfica afirma que não existe um processo único e constante de explosão demográfica ou crescimento populacional muito elevado. Quando esse fenômeno ocorre, postula-se que a tendência por parte dos diversos lugares é que haja uma posterior estabilização, sobretudo pelas sucessivas modificações nas taxas de natalidade e mortalidade. O principal efeito da transição demográfica, nesse sentido, seria o processo de envelhecimento populacional.

De acordo com os principais teóricos da teoria populacional em questão, a transição demográfica pode ser segmentada em quatro diferentes fases.

1ª fase – Pré-transição

A primeira fase da transição demográfica, também chamada de pré-transição, ocorre quando há um certo equilíbrio entre as taxas da natalidade e mortalidade, porém ambas com valores muito altos. Nesses casos, são sociedades que contam com um baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas pessoas anualmente e, ao mesmo tempo, perdem-se muitas vidas em razão de epidemias, baixa expectativa de vida e precárias condições sanitárias. Um cenário como esse pôde ser visto na Europa na fase inicial de sua industrialização.

2ª fase – Aceleração ou explosão demográfica

Na segunda fase ocorre aquilo que muitos denominam por explosão demográfica, o crescimento acentuado da população em um curto período de tempo. Mas a teoria da transição demográfica demonstra que esse processo não ocorre pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros fatores.

Esse processo ocorreu na Europa ao longo do século XIX, em boa parte dos países emergentes ao longo do século XX (inclusive no Brasil) e atualmente acontece nos países periféricos, com destaque para a Nigéria e outras nações em desenvolvimento. O continente europeu também acompanhou uma explosão demográfica acentuada no período pós-guerra, o que gerou a expressão “geração baby boom”.

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3ª fase – Desaceleração demográfica

À medida que as sociedades se desenvolvem, a tendência geral é haver uma redução nas taxas de natalidade, o que se explica pela difusão do planejamento familiar, a inclusão da mulher no mercado de trabalho, a intensiva urbanização (no campo, as taxas de fecundidade são sempre maiores), entre outros fatores. Por esse motivo, há um gradativo processo de declínio do número de nascimentos, o que acontece em uma velocidade inferior à queda da mortalidade.

Esse processo passou a ser vivido no Brasil na segunda metade do século XX, sobretudo a partir da década de 1970. Atualmente, as taxas de natalidade do Brasil são baixíssimas, quase sempre inferiores a 1% por ano.

4ª fase – Estabilização demográfica

A estabilidade demográfica é atingida quando as taxas de natalidade e mortalidade finalmente se equilibram, mantendo patamares que, embora possam apresentar oscilações conjunturais, mantêm-se em médias muito baixas. Nesse cenário, diz-se que há um total controle do crescimento demográfico.

Observe o gráfico a seguir:

Quais os impactos da transição demográfica?

Gráfico esquemático dos processos cíclicos da transição demográfica

Diante desse panorama, nota-se que o crescimento populacional é contido, o que representa, de certa forma, uma vantagem. Por outro lado, quando isso acontece, há também o processo do envelhecimento populacional, pois a elevada expectativa de vida e a baixa natalidade geram um aumento médio da idade da população, o que proporciona a queda da população economicamente ativa e a possibilidade crescente de uma crise econômica e social.

Em muitos países europeus, a realidade do envelhecimento populacional bate à porta, pois o número médio de filhos por casal é inferior a dois e o número de idosos é cada vez maior. Muitos países – como França e Alemanha – realizam diversas campanhas e até fornecem incentivos financeiros para os casais que desejam ter um segundo ou terceiro filho. O Brasil também se vê ameaçado por esse problema, de modo que deixamos de ser considerados como um “país jovem” para nos tornarmos um “país adulto”.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Quais os impactos da transição demográfica Brainly?

Resposta verificada por especialistas A chamada transição demográfica provoca a queda da mortalidade e da taxa de fecundidade Que irá também ter impacto no seu envelhecimento, e este resultará em mudanças na situação fiscal e econômica do país.

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A transição demográfica é, portanto, uma transformação gigantesca na qual populações passam de regimes de baixo crescimento associado a altos níveis de natalidade e mortalidade, para baixo crescimento com baixos níveis de natalidade e mortalidade, passando por um período de rápido crescimento, quando a mortalidade cai ...

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São impactos positivos e negativos que podem ser vistos em um momento de transição geográfica: Aumento da população (positivo) Aumento da População Economicamente Ativa (positivo) Planejamento urbano (positivo)

Quais são as causas da transição demográfica?

Mas a teoria da transição demográfica demonstra que esse processo não ocorre pelo aumento das taxas de natalidade, e sim pela diminuição brusca das taxas de mortalidade, em razão das melhorias sociais em termos de saúde, saneamento, acesso à água e outros fatores.