Qual a característica em comum entre as gimnospermas e angiospermas?

As gimnospermas são plantas vasculares, normalmente árvores, conhecidas principalmente por uma importante novidade evolutiva: as sementes. O nome desse grupo de vegetais, que significa “semente nua”, faz referência ao fato de não possuírem frutos envolvendo essas estruturas, que permanecem expostas.

As sementes possuem como função principal proteger e alimentar o embrião antes da germinação, por isso essa característica permitiu que essas plantas conseguissem dominar uma área muito maior que a das briófitas e pteridófitas. Essa estrutura reprodutiva é formada a partir do desenvolvimento do óvulo.

No que diz respeito à anatomia dessas plantas, o sistema vascular merece destaque. O xilema das gimnospermas é formado exclusivamente por traqueides, com exceção das Gnetales. Essas últimas apresentam em seu xilema elementos de vaso, característica que as aproxima das angiospermas.

Além dessas características marcantes, as gimnospermas são independentes da água para a reprodução. Nesse grupo de plantas, ocorre o processo chamado de polinização, no qual o gametófito masculino parcialmente desenvolvido (grão de pólen) é levado até o gametófito feminino. Normalmente a polinização em gimnospermas ocorre pelo ar (anemofilia).

Após o processo de polinização, o grão de pólen germina e dá origem ao tubo polínico, que conduz os gametas masculinos até o arquegônio, não necessitando, portanto, de água. O período compreendido entre o momento da polinização e a fertilização é demorado, podendo levar até mesmo um ano para ser completado.

O gametófito feminino geralmente produz vários arquegônios e, com isso, mais de uma oosfera pode ser fecundada. Caso isso aconteça, inicia-se o desenvolvimento de vários embriões em um óvulo, processo que é conhecido como poliembrionia. Vale destacar, no entanto, que na maioria das vezes apenas um embrião completa seu desenvolvimento.

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Essas plantas não possuem flores, diferentemente do que muitas pessoas afirmam. As estruturas reprodutivas das gimnospermas são os chamados estróbilos, que são folhas férteis onde estão presentes os microsporângios ou os megasporângios. Os estróbilos podem ser femininos ou masculinos e podem ocorrer em uma mesma planta ou em indivíduos diferentes. Apesar de se assemelharem às flores, essa característica só está presente em angiospermas.

As gimnospermas são bastante exploradas economicamente. Algumas possuem alto potencial madeireiro e outras são usadas na fabricação de papel. Além dessa utilização, são bastante utilizadas como plantas ornamentais, principalmente os pinheiros, que são extremamente usados em épocas de natal.

Atualmente podemos classificar as gimnospermas em quatro divisões principais: Coniferophyta, Cycadophyta, Gnetophyta e Ginkgophyta. Entre essas divisões, a que mais se destaca é a Coniferophyta, grupo também chamado de coníferas e que inclui plantas como pinheiros e ciprestes. O nome desse grupo vem do fato de que o seu estróbilo possui formato de cone.

As gimnospermas ocorrem normalmente em áreas temperadas, sendo bastante comuns no Hemisférios Norte. Em nosso país, essas plantas são pouco representativas, sendo encontradas atualmente apenas três das quatro divisões existentes: Coniferophyta, Cycadophyta e Gnetophyta.

As angiospermas são plantas que se caracterizam por apresentar flor e fruto. Esse grupo vegetal é o que apresenta maior diversidade de espécies, sendo estimado um total de mais de 450.000 espécies diferentes. Entre exemplos de angiospermas, podemos citar:a roseira, a mangueira, o arrozeiro, o feijoeiro, a grama, os lírios, as orquídeas, o coqueiro, entre várias outras.

Tópicos deste artigo

  • 1 - → Características das angiospermas
  • 2 - → Ciclo de vida das angiospermas
  • 3 - → Flor
  • 4 - → Fruto
  • 5 - → Classificação das angiospermas
  • 6 - → Diferença entre angiospermas e gimnospermas
  • 7 - → Curiosidades

→ Características das angiospermas

As angiospermas são plantas vasculares (apresentam vasos condutores) com sementes que apresentam como característica mais marcante a presença de flores e frutos. O termo angiosperma vem do grego angeion, que significa urna, e sperma, que significa semente. Analisando seu nome, podemos concluir, portanto, que ele está relacionado a uma de suas características exclusivas: a presença de fruto envolvendo a semente.

Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário das flores após o processo de fecundação. Eles são importantes para o sucesso desse grupo de plantas, uma vez que atuam protegendo a semente e auxiliam na dispersão dessas estruturas.

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Além dos frutos, as flores foram importantes para garantir que as angiospermas tornassem-se o grupo de plantas com maior número de representantes. Essa estrutura, que será discutida mais profundamente a seguir, está relacionada com o processo de polinização. Flores vistosas e que liberam odores são essenciais para garantir a atração de polinizadores.

→ Ciclo de vida das angiospermas

Qual a característica em comum entre as gimnospermas e angiospermas?

O ciclo de vida das angiospermas é complexo e envolve o processo de dupla fecundação.

O ciclo de vida das angiospermas é complexo, quando comparado ao de outros grupos vegetais. Iniciaremos esse ciclo pelo processo de polinização, ou seja, o momento em que ocorre a transferência do pólen produzido na antera para o estigma.

Quando grão de pólen é liberado na antera, ele possui uma célula vegetativa e uma célula geradora, a qual se divide e forma os dois gametas masculinos (núcleos espermáticos). A célula vegetativa será responsável pela formação do tubo polínico, que garantirá a transferência dos gametas até a parte feminina da flor.

O gametófito feminino maduro de uma angiosperma é chamado saco embrionário. Nele, são encontradas geralmente sete células, as quais possuem oito núcleos. Essas sete células são a oosfera (gameta feminino), duas sinérgides, três antípodas e uma célula central com dois núcleos.

O grão de pólen, ao chegar no estigma da flor, germina e produz o tubo polínico, que cresce pelo estilete até chegar no ovário, penetra no óvulo pela micrópila (abertura do óvulo) e encontra o saco embrionário.

No momento da fecundação, os dois gametas masculinos atuarão (dupla fecundação). Um une-se à oosfera, produzindo o embrião, e o outro une-se aos dois núcleos polares, formando o endosperma, uma estrutura triploide. Esse endosperma fornecerá nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento.

Leia também: Dupla fecundação

O embrião desenvolve-se e os tegumentos do óvulo originam os envoltórios da semente. O ovário da flor, então, desenvolve-se em fruto. Caso a semente encontre um local adequado para a sua germinação, ela originará um novo indivíduo (esporófito).

Flor

A flor é uma estrutura extremamente importante para as angiospermas, sendo essa estrutura um ramo muito modificado que cresce por tempo limitado. Uma flor apresenta partes estéreis e partes reprodutivas, as quais emergem no receptáculo (região dilatada).

Qual a característica em comum entre as gimnospermas e angiospermas?

Observe atentamente as partes da flor.

Os apêndices estéreis são as pétalas e as sépalas. Geralmente, as sépalas apresentam a cor verde, e as pétalas apresentam cores variadas, comumente vistosas. O conjunto de sépalas de uma flor, formam um cálice, enquanto o conjunto de pétalas forma a corola. Sépalas e pétalas, juntas, formam o perianto.

Temos ainda as partes reprodutivas: estames e carpelos. Os estames são a porção da planta onde são produzidos o pólen. O estame é formado pelo filete e pela antera, sendo, esse último, o local onde o pólen é produzido. O conjunto de estames forma o androceu.

O carpelo é a parte da flor onde estão os óvulos. Cada carpelo apresenta três partes básicas: o estigma, o estilete e o ovário. O estigma é o local onde o grão de pólen é depositado, o estilete é a porção por onde o tubo polínico cresce, e o ovário é o local onde estão os óvulos. O conjunto de carpelos forma o gineceu.

Fruto

Qual a característica em comum entre as gimnospermas e angiospermas?

O limão é um fruto do limoeiro.

Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário após o processo de fecundação. Em alguns casos, outros tecidos, além do ovário, desenvolvem-se e formam partes carnosas. Nesse último caso, temos um fruto acessório, anteriormente chamado de pseudofruto.

No fruto, é possível observar três importantes camadas, o exocarpo, o mesocarpo e o endocarpo. O exocarpo é a camada mais externa; o mesocarpo, a camada intermediária; e o endocarpo, a mais interna.

De uma maneira geral, os frutos podem ser classificados em simples, agregados e múltiplos. Os frutos simples são aqueles que se desenvolvem a partir de um único carpelo ou vários carpelos que estão unidos. Como exemplo, podemos citar o abacate.

Os chamados de frutos agregados são aqueles formados a partir de uma flor que possui carpelos separados. Como exemplo, podemos citar a framboesa. Os frutos múltiplos, por sua vez, são aqueles que se formam a partir de uma inflorescência. Como exemplo, podemos citar o abacaxi.

→ Classificação das angiospermas

A classificação das angiospermas está em constante mudança, uma vez que, conforme a tecnologia desenvolve-se fica mais fácil compreender as relações de parentesco entre as espécies. Atualmente, costuma-se classificar as angiospermas em monocotiledôneas, eudicotiledôneas, magnolídeas e um grupo com plantas denominado de “angiospermas basais”.

Os maiores grupos de angiospermas são as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas. Esses dois grupos possuem algumas características que auxiliam na sua diferenciação. São elas:

CARACTERÍSTICAS

MONOCOTILEDÔNEAS

EUDICOTILEDÔNEAS

Cotilédones

Um

Dois

Venação foliar

Geralmente paralela

Geralmente reticulada

Caule

Feixes vasculares dispostos de forma dispersa

Feixes vasculares dispostos em anel

Raízes

Fasciculada

Pivotante

Grão de pólen

Com uma única abertura

Com três aberturas

Flores

Órgãos florais geralmente em múltiplos de três

Órgãos florais geralmente em múltiplos de quatro ou cinco

Crescimento secundário verdadeiro

Raro

Comumente presente

→ Diferença entre angiospermas e gimnospermas

Qual a característica em comum entre as gimnospermas e angiospermas?

A araucária é um exemplo de gimnosperma.

A principal diferença entre gimnospermas e angiospermas é o fato de que nas gimnospermas ocorre a produção de sementes, porém elas são sementes nuas, ou seja, sem fruto envolvendo essa estrutura. Além da ausência de frutos, nas gimnospermas também não se observa a presença de flores. São exemplos de gimnospermas as araucárias e os pinheiros.

Leia também: Araucária

→ Curiosidades

  • Estima-se que aproximadamente 90% de todas as espécies de plantas sejam angiospermas.

  • Acredita-se que as angiospermas tenham surgido há cerca de 140 milhões de anos, no período Cretáceo.

  • Grãos de pólen já foram identificados em rochas do Jurássico, porém nenhum característico de angiospermas.

  • Mais de dois terços de angiospermas são eudicotiledôneas.

  • Existem aproximadamente 170 mil espécies de eudicotiledôneas.

  • Existem cerca de 70 mil espécies de monocotiledôneas.

  • Cerca de 8 mil espécies são classificadas como magnolídeas.

  • Cerca de 100 espécies estão no grupo das angiospermas basais.

  • Algumas angiospermas são parasitas e apresentam estruturas que garantem a penetração no tecido dos hospedeiros.

  • Existem mais de 3000 angiospermas parasitas.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Qual das alternativas apresenta uma característica em comum entre gimnospermas e angiospermas?

Alternativa “d”. A única característica, entre as listadas, que não é compartilhada pelas angiospermas e as gimnospermas é a presença de fruto.

Que característica apresentada pelos gimnospermas e angiospermas?

As gimnospermas e angiospermas podem se reproduzir na de forma independe de água por que fazem polinização.

Quais são as características das gimnospermas e angiospermas E o que as diferenciam das plantas criptógamas?

As angiospermas e as gimnospermas são plantas vasculares, mas a primeira se diferencia por produzir flores e ter as sementes envoltas em um fruto. Nas angiospermas, a variedade de odores e cores das flores têm como principal função a de atrair animais polinizadores.

Quais são as duas adaptações das gimnospermas e das angiospermas?

1) (UFSCar-SP) O grande sucesso das gimnospermas e das angiospermas pode ser atribuído a duas importantes adaptações ao ambiente terrestre. Responda: a) quais são estas duas adaptações? Resposta: Independência da água para a reprodução; proteção do embrião contra a dessecação (sementes).