Qual a diferença do cobalt lt para o ltz

Quando o Chevrolet Prisma chegou ao mercado em março de 2013, o irmão Cobalt ficou ressentido. Considerado o patinho feio da família, o sedã compacto foi ofuscado pela chegada do modelo mais novo e mais bonito, apesar de oferecer mais espaço interno e a opção do motor 1.8. Agora, com o visual repaginado e um banho de loja, ele quer provar que tem tantos atrativos quanto o irmão menor e pode até cobrar mais caro por isso. Para descobrir qual dos dois sedãs da Chevrolet tem hoje o melhor custo-benefício, elencamos as versões LTZ 1.4 do Prisma, sugerida por R$ 61.350, e LTZ 1.8 do Cobalt, de R$ 66.990, ambas dotadas de câmbio automático de seis marchas. Confira quem se saiu melhor.

Desempenho e consumo

O Colbalt passou por uma reestilização bem-vinda e ficou mais refinado. Mas a Chevrolet ficou devendo uma boa atualização no conjunto mecânico do sedã, que na versão testada continua a oferecer o conhecido 1.8 Econo Flex, que entrega 108 cv de potência e 17,1 kgfm de torque a 3.800 rpm. A potência em si não é muito distinta da extraída pelo motor 1.4 do Prisma, de 106 cv. O torque, no entanto, é bem maior que o oferecido pelo irmão, que entrega 13,9 kgfm, força disponível integralmente apenas a 4.800 rpm. E é essa diferença de torque, e não de cilindrada, que explica a superioridade do Cobalt na nossa pista de testes e principalmente em situações cotidianas.

Chevrolet Cobalt 2016 (Foto: General Motors) — Foto: Auto Esporte

Apesar de ser 30 kg mais pesado, o Cobalt se mostra mais ágil nas saídas de semáfaros, ladeiras acentuadas e também na estrada. Mesmo equipados com a praticamente a mesma transmissão - diferentes apenas em termos de calibração - o Cobalt sai na frente na prova de aceleração, levando 11,6 segundos para ir de 0 a 100 km/h e 7 segundos para retomar de 60 km/h a 100 km/h, enquanto o Prisma faz o mesmo em 12,6 segundos e 7,7 segundos, respectivamente. Em resumo, o Cobalt anda melhor que o Prisma, especialmente quando carregado.

Mas a vantagem do sedã 1.4  é que ele bebe menos que o modelo 1.8, certo? Nem sempre. A nossa expectativa era que as médias de consumo do Prisma fossem bem menores que a do Cobalt. Mas não. O sedã menor bebe tanto quanto o irmão renovado. No ciclo urbano, ele aferiu médias de 6,5 km/l, enquanto o Cobalt fez 6,4 km/l. Na estrada, o resultado foi até pior: o computador de bordo do sedã maior marcou 11,1 km/l enquanto o do Prisma apontou 11,8 km/l. Isso pode ser explicado em parte pelo escalonamento do câmbio automático e pela entrega do torque. No Prisma, a caixa tende a segurar mais as marchas para extrair mais força do motor, o que acaba penalizando o consumo.

Chevrolet Prisma 1.4 (Foto: Fabio Aro) — Foto: Auto Esporte

Conforto e dirigibilidade

A Chevrolet procurou subir o Cobalt de patamar e deixá-lo mais próximo dos sedãs médios, como o Cruze. Por isso além do porte, o sedã ganhou um acabamento mais caprichado, com revestimentos diferenciados e bancos na cor marrom,  além novos equipamentos de tecnologia, como a segunda geração do sistema multimídia MyLink. No entanto, em termos de dirigibilidade, há pouca diferença entre os irmãos. Ambos possuem direção hidráulica e oferecem um rodar macio. A suspensão da dupla usa o mesmo arranjo (independente McPherson na frente e eixo de torção atrás) e nos dois casos o conjunto mostra competência para filtrar buracos e o asfalto irregular, sem comprometer os confortos dos ocupantes. Mas nem o Prisma e nem o Cobalt mostra aptidão para fazer curvas em alta velocidade. Concorrentes como Hyundai HB20S e Honda City são dinâmicamente mais afiados, com carrocerias mais estáveis e direção mais direta. Mas nessa disputa familiar, o Cobalt tem a vantagem, por possuir melhor isolamento acústico, suspensão mais equilibrada e acabamento mais bem cuidado que o do irmão.

Espaço

Apesar de serem feitos sobre a mesma plataforma GSV, o Cobalt é o filho que mais espichou. Mesmo após a renovação, ele continua a ser 21 cm mais comprido e 3 cm mais largo que o Prisma, além de possuir 10 cm a mais de entreeixos, o que explica o maior espaço no banco traseiro. Isso não quer dizer que o Prisma seja apertado. Atrás, há bom espaço para pernas e cabeças, sem contar o porta-malas honesto de 513 litros, segundo nossas medições. Mas fica difícil competir com o bagageiro de 541 litros do Cobalt. No quesito espaço interno, o sedã renovado é uma das melhores opções no mercado.

Chevrolet Cobalt LTZ 2016 (Foto: Divulgação) — Foto: Auto Esporte

Equipamentos e tecnologia

Os dois sedãs possuem um bom nível de equipamentos. Saem de fábrica com direção hidráulica, ar-condicionado, faróis de neblina, rodas de alumínio de 15 polegadas, computador de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro, trio elétrico, sensor de estacionamento traseiro, volante multifuncional e sistema multimídia MyLink com tela sensível ao toque de sete polegadas. A diferença é que o Cobalt foi o primeiro modelo da Chevrolet no Brasil a adotar a segunda geração do sistema Mylink, agora compatível com Apple CarPlay, o que possibilita o espelhamento dos smartphones com iOS, ampliando a conectividade com a central do carro. É um recurso bacana, mas por enquanto só está funcioando para os celulares da Apple. Em breve, a marca habilitará no país o Android Auto, para os celulares que usam o sistema operacional do Google.

O tão falado sistema de concierge OnStar só está disponível na versão mais completa do sedã, a Elite (R$ 67.990). Para justificar a tabela, o Cobalt fica devendo bancos de couro, disponível só no topo de linha, que também não oferece ar-condicionado digital.

Interior do Chevrolet Prisma 2015 (Foto: Divulgação) — Foto: Auto Esporte

Segurança

Tanto Prisma quanto Cobalt possuem o pacote básico de segurança: airbag duplo e freios ABS. No teste de frenagem, quem se saiu melhor foi o sedã renovado, que precisou de 25 metros para frear estando a 80 km/h, enquanto o irmão menor precisou de 33,9 metros - uma marca considerada ruim. Uma falta grave da dupla é não oferecer terceiro encosto de cabeça no banco traseiro e sistema isofix para ancoragem de cadeirinhas infantis.

Manutenção

O Prisma LTZ automático é mais de R$ 5 mil mais barato e é menos desvalorizado que o Cobalt - cerca de 12% ao ano, enquanto o do sedã reestilizado é 14,8% ao ano. Ambos seguem a mesma tabela de preços para as revisões até 30 mil quilômetros ( R$ 1.236), mas o Cobalt tem a cesta de peças um pouco mais barata (R$ 3.592 contra R$ 3.670 do Prisma).  No fim, o Prisma é um pouco mais barato de manter, embora beba tanto combustível quanto o Cobalt.

Vencedor: Chevrolet Cobalt 1.8 LTZ

Nessa disputa familiar quem leva a melhor é o Cobalt, mesmo sendo cerca de R$ 6 mil mais caro que o Prisma. Ainda que o novo design não tenha convencido muita gente, a versão LTZ com câmbio automático anda mais que o Prisma topo de linha, oferece mais espaço interno, além do acabamento mais caprichado e o sistema MyLink atualizado. Ainda assim, o sedã renovado poderia oferecer mais itens de segurança e comodidade que tornassem a etiqueta de R$ 65.990 mais atrativa. O Prisma será renovado em 2016 e promete ganhar novidades para inverter o resultado desse comparativo.

Qual a diferença do Cobalt LT e o LTZ?

O Cobalt LT 1.8 possui também aerofólio, computador de bordo, novas calotas aro 15" com 05 raios e luz traseira no teto. Na versão LTZ, o Chevrolet Cobalt oferece as motorizações Econo.

Qual o maior defeito do Cobalt?

Direção ruidosa. Alguns proprietários reclamam de defeitos e problemas na direção hidráulica do Chevrolet Cobalt, que o sistema de assistência produz ruídos ao esterçar o volante, relatados como “batida de ferro com ferro”. Alguns tiveram vibração na direção e vazamento de fluído.

Qual o Cobalt mais completo da categoria?

Cobalt Ltz 1.8 Econoflex. O Mais Completo Da Categoria!!!

Quanto o Cobalt 1.8 LTZ faz por litro?

Consumo do Cobalt Chevrolet O carro é capaz de realizar ótimos 12,1 km/l na cidade, enquanto na rodovia, o consumo é ainda maior e chega a 15,1 km/l.