Qual é a importância econômica do estado do Rio de Janeiro para o Brasil?

  • Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Resumo

Neste trabalho, objetivamos analisar a importância social, econômica e territorial das atividades não hegemônicas da economia urbana desenvolvidas no eixo rodoviário Natal-Caicó, estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do Brasil. Nesse eixo, as cidades e a economia crescem alicerçadas, sobretudo, em atividades econômicas mantenedoras da pobreza estrutural produzida pela modernização do território, situação característica do processo de precarização do trabalho. Como resposta sistêmica, tem-se a segmentação da economia urbana, com o subsistema inferior cada vez mais dependente do superior, assim como mais permanente e receptor de trabalhadores. Por meio de reflexões sobre a teoria dos circuitos da economia urbana relacionadas com dados primários acerca das cidades do eixo Natal-Caicó, concluímos o trabalho sublinhando que, enquanto não predominar o mercado socialmente necessário, o circuito inferior é e será importante para viabilizar a sobrevivência da maioria dos trabalhadores e para explicitar a tensão ou a crise vivenciada no mercado de trabalho e na sociedade.

Palavras–chave: Economia urbana, Mercado de trabalho, Pobreza.

Abstract

In this study, we aimed to analyse the social, economic and territorial importance of hegemonic urban economy activities developed on the road axis Natal-Caicó, State of Rio Grande do Norte, Northeastern Brazil. In this axis, the cities and the economy grow based on supporters of poverty basic economic activities produced by the territory modernisation, situation characteristic of the precarious work process. As a systemic response, there is the urban economics segmentation, with the lower subsystem increasingly dependent on top, as well as more permanent and receiver. Through reflections on the theory of circuits of urban economics related to primary data about the road axis Natal-Caicó cities, we conclude the work stressing that, while not predominate the socially necessary market, the lower circuit is and it will be essential to make possible the survival of the majority of workers and to clarify the tension or the crisis experienced in the labour market and society.

Keywords: Urban economics, Labor market, Poverty.

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Biografia do Autor

Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Professor do Departamento de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Professor de Programas de Pós-Graduação em Geografia da UFRN

Qual é a importância econômica do estado do Rio de Janeiro para o Brasil?

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O carnaval brasileiro pode ser analisado sob diversas óticas – da cultura, da festa, do entretenimento, do turismo –, e também pode (e deve) ser analisado pelo impacto econômico que provoca, ao promover a indústria criativa e o turismo nas cidades em que acontecem. Neste artigo, vou focar na importância do carnaval das escolas de samba para a economia do Rio de Janeiro.

Durante o ano inteiro, milhares de pessoas de diferentes profissões – ferreiros, costureiras, artistas plásticos, profissionais de limpeza, seguranças, carnavalescos e cantores, entre outras – trabalham nos barracões e quadras das escolas de samba. Esse importante setor movimenta muito dinheiro e gera milhares de empregos. Segundo dados da Riotur, o Carnaval passado impactou R$ 3,8 bilhões na economia do Rio de Janeiro, com mais de um milhão e meio de turistas na cidade e a ocupação da rede hoteleira em mais de 90% durante o período carnavalesco.

Há impactos diretos (hospedagem, alimentação e bebidas, transporte local, passeios e atrativos e compras) e indiretos (indústria fornecedora de insumos, treinamento, imobiliário, hospitais, entretenimento e logística) na economia. Em 2018, foram criados mais de 70 mil postos de trabalho, gerando uma arrecadação de impostos de R$ 179 milhões, sendo R$ 77 milhões de ISS para o Rio de Janeiro, de acordo com dados de uma pesquisa da FGV contidos na edição de 2019 da revista “Ensaio Geral – Informativo Oficial da LIESA”. Entre os turistas, 88% foram brasileiros, que tiveram uma permanência média de 6,6 dias e gastaram R$ 280,32 por dia (média). Já os 12% de estrangeiros, ficaram mais dias e gastaram mais também: 7,7 dias, com gasto médio de R$ 334,01.     

As dezenas de escolas de samba realizam ainda ensaios comerciais semanalmente, durante todo o ano, e ensaios gratuitos nas ruas perto das suas comunidades, no período da festa. Os eventos atingem milhares de pessoas, mobilizando a economia formal ao incrementar o movimento em bares, restaurantes, lojas das quadras e no setor de transporte, e informal (ambulantes vendendo cerveja, refrigerante etc). O resultado positivo é percebido tanto na cidade do Rio de Janeiro quanto em outras cidades fluminenses que também possuem escolas de samba, como Nilópolis, Caxias, Niterói e São Gonçalo.

Os ensaios técnicos no Sambódromo, que eram realizados no período anterior ao carnaval, atraíam um público de dezenas de milhares de pessoas para assistir a uma espécie de “prévia” do desfile. Por mais de 15 anos em que o evento foi realizado, contribuiu (e muito) para movimentar a economia (formal e informal) carioca.  Os ensaios foram suspensos em 2018, retomados no ano passado, mas em 2020 deixaram de ocorrer novamente.

Outras medidas, como programas de sócio-torcedor ou crowdfunding (financiamento coletivo), têm um potencial enorme de serem grandes fontes de receita futura para as escolas de samba. Salgueiro, Portela, Mocidade, entre outras agremiações, possuem programas para seus sócios, com diferentes benefícios. Este ano, a Mangueira lançou um financiamento coletivo, porém o valor arrecadado ainda é muito baixo comparado às despesas que uma escola tem.

Ambos os projetos (sócio-torcedor e financiamento coletivo) têm o conceito de aproximar mais o a escola do torcedor, que contribui financeiramente em troca de benefícios e/ou experiências exclusivas. Ainda há um caminho muito longo para essas ideias deslancharem no meio do carnaval. Mas projetos desse tipo, se bem feitos, têm potenciais enormes e beneficiam ambos os lados.

Por sua vez, de uns anos para cá, e cada vez mais, o Sambódromo tem recebido grandes camarotes – com festas e muitas pessoas famosas. São eventos voltados para um público mais jovem, com ingressos individuais que custam por dia em torno de R$ 1 mil/ R$ R$ 2 mil, ou até mais. Claramente, a maior parte dessas pessoas não faz parte de um público originário do carnaval. Eles frequentam os camarotes não pelas escolas de samba, mas sim pela festa em si.

Acredito que as festas nos camarotes são um ponto bastante positivo, pois traz um público “novo” e “diferente” para o Sambódromo, que pode até depois se interessar mais pelo carnaval. Além disso, ajuda a movimentar, mais uma vez, a economia da cidade durante a festividade. Há camarotes que conseguem fazer até seis eventos no Sambódromo, em dias com desfile (Série A, Grupo Especial e Sábado das Campeãs) ou sem desfile (na quarta-feira de cinzas, dia da apuração, onde há algumas feijoadas). Muitos empregos são gerados por essa indústria do entretenimento.

Dessa forma, a importância das escolas de samba é enorme, pois elas representam, no mundo, o Rio de Janeiro e o Brasil! É fundamental ressaltar também que muitas escolas de samba possuem diversos projetos sociais: como Beija-Flor, Mangueira, Portela e Salgueiro. Ou seja, as atividades das escolas de samba têm consequências positivas tanto para a sociedade quanto para a economia fluminense – em que são gerados milhares de empregos e bilhões de reais aos cofres públicos. Há impacto social, nos programas sociais das escolas, e retorno cultural, já que carnaval também é cultura!! Resultados esses que não deveriam ser ignorados por ninguém.

Qual a importância econômica do Rio de Janeiro?

Sua economia está alicerçada na produção de petróleo, sendo o principal produto de exportação do estado. No setor primário, a extração de petróleo é o principal destaque, sendo que também há uma importante área de agricultura na Região Serrana e de exploração de sal na Região dos Lagos.

Qual é a importância econômica para o Brasil?

Economia do Brasil. A economia brasileira é considerada, em 2018, a nona economia mundial e a primeira da América Latina, segundo dados do FMI. O PIB do Brasil é estimado em 2,14 trilhões de dólares. O país atingiu o posto de sétima economia mundial em 1995 e se manteve entre as dez primeiras economias desde então.

O que movimenta a economia da cidade do Rio de Janeiro?

A economia do Estado do Rio de Janeiro é a segunda maior da federação brasileira. Segundo o IBGE, o PIB do Rio de Janeiro somou R$ 275 bilhões em 2006, respondendo por 11,6% do produto nacional. São Paulo, o estado mais rico da federação, produz 33,9% do PIB brasileiro.

Qual a riqueza do Rio de Janeiro?

PIB per capita (R$) Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tal como considerada pelo IBGE, ostenta um PIB de R$ 172.563.073.000, constituindo o segundo maior pólo de riqueza nacional. Concentra 70% da força econômica do estado e 8,04% de todos os bens e serviços produzidos no país.