Qual foi o primeiro passo para a abolição da escravidão em nosso país que Deu

O tráfico de pessoas para fins de escravidão, bem como suas principais causas e processos de abolição, estão presentes em diferentes países e momentos da história mundial. Por isso, vamos relembrar alguns dados importantes que marcaram essa história de exploração e compreender porque é fundamental que esse contexto histórico seja sempre revisitado por todos nós.

A escravidão colonial, por exemplo, é a raiz de problemas estruturais como o racismo. A desigualdade e a exploração massiva de mão de obra, encontraram novas formas de persistir e têm atualmente em suas faces mais extremas o que é conhecido como escravidão contemporânea.

Por isso, quando falamos em trabalho escravo moderno ou trabalho análogo à escravidão, podemos até estar falando de formas diferentes de domínio e exploração do que as registradas nos séculos anteriores, no entanto, o elemento principal que todas essas formas têm em comum é o de ferir a dignidade humana.

Vamos dar um passeio breve pela história?

A escravização de povos, isto é, o domínio, posse e comercialização de indivíduos, tais como o exemplo que carregamos em nosso imaginário sobre a escravidão colonial, têm origem na antiguidade – com sumérios, atenienses, romanos, civilizações e dinastias orientais. Também podemos citar modelos de servidão por dívida, dominação entre povos e o comércio atlântico de escravos – iniciado pelo Império Português no século XVI. 

O modelo português, também seguido por britânicos, franceses e outros, teve seu ápice no século XVIII, quando estima-se que mais da metade do tráfico de escravos tenha ocorrido. Entre as regiões que mais recebiam escravos vindos da África estavam as colônias espanholas na América e o Brasil.

A importância de saber de uma origem tão remota, é olhar para parte da constituição da sociedade como fruto de comportamentos de exploração, dominação e exclusão, que vieram a constituir os modelos de escravidão que se sucederam em diferentes épocas; e que mesmo após sua abolição, permanecem, ainda que apenas de forma ilegal, até os dias de hoje – estima-se que existam cerca de 40 milhões de pessoas nessas condições em todo mundo.

Em geral, movimentos abolicionistas foram uma das principais razões para o fim da escravidão em diversos países, no entanto, fatores como guerras, revoluções, novas práticas econômicas, decretos e diferentes processos históricos e políticos, fizeram desse um panorama global a partir de 1792 – quando a Dinamarca, primeiro país a abolir a escravidão colonial, promulgou sua Lei de Abolição.

Antes, em 1570, já haviam ocorrido alguns processos de libertação de determinados grupos populacionais, como indígenas sob domínio português; ou, em 1761, a proibição da escravização e importação de escravos da Índia para a metrópole. Esses são apenas dois exemplos.

No entanto, a escravização e dominação de povos africanos, sobretudo, daqueles que cruzaram o Atlântico a partir de 1501, havia acabado de começar. Estudos apontam que, ao longo dos séculos, entre 12 e 20 milhões de africanos foram enviados como escravos para as Américas, Europa e sul da África. Desses, 5 milhões foram destinados apenas para o Brasil, na época, colônia de Portugal, e que recebeu a maior porcentagem de escravos africanos no mundo.

De 1794 em diante, momento em que a Revolução Haitiana abolia a escravidão no país de colônização francesa, uma série de outros movimentos pró-abolição foram surgindo. Entre eles, podemos destacar: República Dominicana (1822), países da América Central (1824), a abolição da escravidão em colônicas britânicas (1833), abolição em colônias francesas (1848) e nos EUA (1863).

Apesar disso, alguns países africanos como Gana (também conhecido como Costa do Ouro), Serra Leoa, Nigéria, Etiópia e outros, tiveram a abolição decretada por Reino Unido, França, Itália e outros países europeus, apenas entre 1890 e 1936 – mesmo que estes países já tivessem abolido a escravidão em outras colônias anteriormente.

O Brasil, um dos últimos países a promulgar a Lei de Abolição da Escravatura, o fez em 1888 – nesse momento, o país já era uma República e não mais uma colônia portuguesa. Depois dele, Arabia Saudita e Mauritânia foram os últimos a considerarem a escravidão uma prática ilegal – este último, passando a vigorar apenas em 2007.

Os reflexos da escravidão colonial e seus processos de abolição tardia tem influência direta na constituição da sociedade moderna, sobretudo, nos modelos de desigualdade, vulnerabilidade, distribuição de emprego e renda, e até mesmo ocupação dos espaços urbanos. Tais diferenças se constituem tanto ao nível global – entre países do norte desenvolvido e do sul, pobres ou em desenvolvimento; como nos próprios territórios ao nível nacional e local. 

Quer saber mais sobre esse processo no Brasil? 

Leia o texto do InPACTO sobre o 13 de Maio e continue #PorDentrodaHistória.

Qual foi o primeiro passo para a abolição da escravidão em nosso país?

O primeiro passo neste processo de liberdade ocorreu em 1871, quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre que estabelecia que os filhos de escravos que nascessem no Império seriam considerados livres.

Qual foi o primeiro passo para a abolição da escravidão em nosso país que Deu

A Lei Eusébio de Queirós foi aprovada em setembro de 1850, decretando a abolição do tráfico negreiro no Brasil. A lei foi acompanhada de medidas de repressão a essa atividade, fazendo com que o tráfico negreiro tenha deixado de existir efetivamente a partir de 1856.

Qual foi o passo para abolição da escravidão?

A abolição do trabalho escravo ocorreu por meio da Lei Áurea, aprovada no dia 13 de maio de 1888 com a assinatura da regente do Brasil, a princesa Isabel. A abolição da escravatura foi a conclusão de uma campanha popular que pressionou o Império para que a instituição da escravidão fosse abolida de nosso país.

Como e quando ocorreu a primeira etapa da abolição no Brasil?

A abolição da escravatura no Brasil ocorreu no dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel. Esta lei libertou os escravos no Brasil após quase 400 anos de escravidão.