Show Os trabalhos científicos ocupam cada vez mais os espaços para a resolução de crimes. E estão na moda em todo o mundo, aparecem em dezenas de séries televisivas e livros, menos no Brasil. Avançam celeremente e resolvem crimes impossíveis pelos métodos tradicionais. A ciência se fez polícia. Mas de onde surgiu essa conversão? Quem descobriu pela primeira vez que uma impressão digital era um método válido para demonstrar a culpabilidade de uma pessoa em um assassinato? A história da datiloscopia, a ciência que se encarrega de estudar a comparação entre impressões digitais, começou há muitos séculos. Tudo começou na antiga China, ao redor dos anos 300 d.C. passaram a usar a impressão das mãos como evidência nos julgamentos de roubos. Uma coleção de pequenos passos. Depois da invenção do papel na China - por volta de 105 d.C. -, converteram em prática habitual estampar com tinta uma mão inteira ou um dedo em todas as folhas em qualquer documento do governo. A datiloscopia percorreu desde
então um longo caminho do oriente para o ocidente. Foi longa trajetória com diversos protagonistas que aportaram seu próprio grãozinho de areia à consolidação dessa ciência. A prova de fogo. De origem croata mas nacionalizado argentino, Juan Vucetich trabalhava no Departamento Central da Polícia de La Plata quando se interessou pelo trabalho de Francis Galton. Depois de ler o livro de Galton, idealizou um método para comprovar a correspondência entre as marcas dactilares. Em 1891 pôs em prática esse método em 23 presos. Corria o ano de 1892 quando o assassinato de
duas crianças levou Vucetich à prova de fogo de seu método. As primeiras investigações levantavam a suspeita de que o namorado da mãe das crianças era o assassino. Após muitas torturas, o homem não admitia o crime. Na cena do crime Vucetich encontrou impressões digitais que pertenciam à mãe das crianças. Perante a evidência, a mãe confessou o duplo crime. Do TSE à polícia? Na atualidade, a impressão digital transcendeu o âmbito criminal para converter-se em um método de identificação cotidiano. Já está até desbloqueando
celulares e tabletes, assim como vale para acessar caixas de bancos. Os Estados Unidos estavam na frente de todos os países com 63.000 coletadas diariamente. O Brasil acaba de ultrapassar os EUA com a coleta das impressões - de todos os dedos - realizada pelo sistema eleitoral. a pergunta essencial é se essas impressões digitais que estão nos bancos de dados do TSE podem migar para os sistemas policiais. Quem descobriu que as digitais são únicas?Quem descobriu que as impressões digitais são diferentes em cada ser humano? Foram os babilônicos, há quase 4 mil anos. Ou seja, muito, mas muito antes da era digital, eles já sabiam que as dobras nas partes internas dos dedos eram pessoais e intransferíveis.
Por que a digital é única?A impressão digital é composta de inúmeras particularidades. Cada pessoa possui um desenho específico, composto pelas elevações da pele. A formação da digital é resultado da influência genética e também dos movimentos do feto na barriga da mãe.
Quem foi o primeiro europeu a reconhecer que as impressões digitais eram únicas para cada indivíduo?O primeiro sistema de identificação por impressões digitais foi criado por Francis Galton, com base em anotações anteriores de outros autores.
É possível existir digitais iguais?As impressões digitais são fatores únicos que realmente possibilitam a diferenciação dos seres humanos. Elas possuem seu início de formação ainda no período de gestação, e os desenhos são tão únicos que digitais de pessoas diferentes nunca serão iguais.
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