Regiões banhadas por correntes marítimas mais quentes costumam ter o clima mais seco ou mais úmido

Regiões banhadas por correntes marítimas mais quentes costumam ter o clima mais seco ou mais úmido

Uma corrente oceânica ou corrente marinha é um movimento das águas nos oceanos e, em menor grau, dos mares maiores. Essas correntes têm muitas causas, principalmente o movimento de rotação da Terra (que atua de forma diferente e até oposta no fundo do oceano e na superfície), bem como o movimento de translação da Terra, a configuração das costas e a relativa localização dos continentes. Em vez disso, os ventosAs correntes constantes ou planetárias constituem uma causa praticamente inexistente, pois algumas coincidências entre as correntes e os ventos planetários se devem ao fato de compartilharem uma causa comum, ou seja, os movimentos astronômicos da Terra.

Assim, costuma-se entender que o conceito de correntes marinhas se refere às correntes de água na superfície dos oceanos e mares (como pode ser visto no mapa atual) enquanto as correntes submarinas nada mais seriam do que movimentos de compensação das correntes de superfície. Isso significa que se na superfície as águas superficiais vão de leste a oeste na zona intertropicalpor inércia (devido ao movimento de rotação da Terra, que é de oeste para leste), no fundo do oceano, as águas se moverão seguindo esse movimento de rotação de oeste para leste. No entanto, deve-se ter em mente que as águas no fundo do mar se movem com a mesma velocidade e direção que o fundo, ou seja, com a mesma velocidade e direção que a superfície terrestre abaixo das águas do oceano. No fundo do oceano, a enorme pressão das águas é o que provoca uma temperatura uniforme das referidas águas num valor que se aproxima dos 4 ºC, que é quando a água atinge a sua densidade máxima. Como é lógico, não haverá deslocamento relativo entre o fundo do oceano e as águas que o cobrem, pois nesse fundo tanto a parte terrestre quanto a parte oceânica se movem na mesma velocidade.correntes frias da zona intertropical, que se deve à ressurgência ou ascensão de águas frias do fundo submarino quando atingem o talude continental próximo à costa.

O movimento de compensação das correntes marinhas não ocorre apenas entre a superfície e o fundo submarino, mas também na própria superfície já que, por exemplo, as correntes que se originam nas costas ocidentais dos continentes na zona intertropical, que são de águas frias por virem do fundo submarino, depois de uma viagem de milhares de km atravessando os principais oceanos tornam-se correntes quentes quando chegam às costas orientais dos continentes (Ásia, África, América) contribuindo assim para uma compensação da energia armazenada e depois dissipado das águas oceânicas. Estes influenciam o clima, pois, dependendo de sua temperatura, podem trazer calor e umidade para algumas regiões ou inibir a evaporação e chuva em outras (veja o fenômeno dasubsidência atmosférica).

Correntes Oceânicas do Mundo

Fonte

Há algumas décadas sabe-se que a estrutura das correntes marinhas em escala global é tridimensional, com movimentos horizontais na superfície, em que o vento e, sobretudo, a inércia produzida pela rotação da Terra, desempenham um papel importante. papel e com movimentos verticais, em que a configuração do relevo submarino e das costas modificam os efeitos da rotação da Terra, que cria uma força centrífuga que tende a “abafar” o nível oceânico ao longo da circunferência equatorial. É a corrente equatorial que é dirigida, por inércia, na direção oposta à rotação da Terra.

No fundo submarino dos oceanos Atlântico e Pacífico, a água acompanha a litosfera no movimento de rotação da Terra e isso se deve à enorme pressão que essas águas abissais suportam. Mas ao atingir as costas ocidentais dos continentes, o talude continental, que constitui um plano inclinado, atua como uma espécie de “elevador” para elevar essas águas profundas, fazendo-as subir e criando o que se chama de ressurgência de água fria, que vem causar uma corrente, desta vez superficial, que se move em direção ao equadorAo longo dessas costas ocidentais e quando atingem a zona equatorial, são desviados pela força centrífuga da rotação da Terra até tomarem a direção oposta à das águas profundas, ou seja, de leste para oeste.

Desta forma, correntes de água extremamente frias (em relação à temperatura atmosférica) se originam nas costas ocidentais dos continentes, pois emergem de grandes profundidades: lembremos que as águas profundas do oceano estão a uma temperatura aproximada de 4 ° C, uma vez que a esta temperatura é quando atingem a sua densidade máxima.

Outra razão para as correntes oceânicas é encontrada na estrutura interna da Terra, que gera uma força amplamente contrária à força centrífuga do movimento rotacional da Terra. É a força centrípeta de atração terrestre em direção ao centro da Terra como um planeta. Essa força centrípeta varia, é claro, de acordo com a distância do centro da Terra, que é, em linhas gerais, máxima no equador (onde a força centrípeta é menor) e mínima nos pólos, onde a atração da Terra é maior.

Em suma, os padrões de circulação das águas oceânicas originam-se de uma complexa síntese de forças que atuam de forma diversa e variável no tempo e no espaço, sendo as mais importantes: o movimento de rotação da Terra e a força centrífuga determinada por tais movimento, o movimento de translação terrestre e as variações sazonais de latitude e direção originadas por esse movimento, a configuração do fundo submarino, a forma das costas e sua influência na direção das correntes, a absorção desigual e o transporte de calor por radiação solar absorvido pelas águas do mar, influência mútua entre as correntes marítimas e os ventos, alteração do nível das águas superficiais quentes devido às marés, o desvio das correntes devido ao efeito Coriolis (que, por sua vez, também se deve aos efeitos da rotação da Terra), etc.

O Vento

A crença de que as correntes marítimas são causadas pelos ventos é muito antiga, embora incorreta, apesar do fato de que, em termos gerais, os padrões gerais de direção do vento costumam coincidir com as direções e trajetórias das correntes marítimas, mas essa coincidência é aparente. detalhe eles diferem bastante) e se deve, como é lógico, ao fato de que tanto os ventos quanto as correntes marinhas respondem às mesmas razões causadas pelas respostas de dois fluidos (águas marinhas e ar atmosférico) aos movimentos de translação e em tudo, de rotação, do nosso planeta. O exemplo mais claro dessa ideia pode ser visto nos ventos de monção entre a Ásia e o Oceano Índico: são ventos sazonais que vão do Oceano Índico ao continente asiático (ou seja,

No entanto, devemos apontar um caso muito frequente que ocorre nas bandas em que os ventos de oeste se movem (que são ventos constantes ou planetários). Esses ventos podem acelerar as ondas à medida que se aproximam das praias orientais de países e continentes nas latitudes médias. Essa aceleração é produzida pela rotação da Terra e não pelo vento: as ondas de oscilação que se formam em alto mar tornam-se ondas de translação quando chegam a uma praia, onde a profundidade diminui abruptamente. Quando isso acontece, a crista da onda avança em direção à praia e cai na água que se move sobre a areia em direção ao mar (o que se chama de resaca).). Mas mesmo com o vento contrário ao mar (da terra para o oceano) mesmo que o dito vento seja muito fraco e apenas ondula a água, provoca uma subida das águas mais frias do fundo (mesmo que seja apenas uma profundidade de alguns metros) empurrando a água de superfície da referida resaca para o mar.

Comparação Entre O Mapa Atual Do Exército Dos Estados Unidos De 1943 E A Animação Feita Pela NASA

Uma análise com algum detalhe do mapa atual de 1943 nos mostrará o valor de um esforço que, embora precipitado (os Estados Unidos participaram da Segunda Guerra Mundial, primeiro como colaborador das potências aliadas e depois como participante ativo), era essencial para aquele país, que tinha que desenvolver uma nova frota de guerra, transporte de alimentos e suprimentos militares e precisava urgentemente conhecer os padrões das correntes oceânicas para aproveitar esse conhecimento. Mas a animação dessas correntes, feita pela NASA e desenvolvida pelas correntes oceânicas ao longo de um período de cerca de três anos, representa uma melhoria substancial em relação ao mapa citado. Um exemplo servirá para estabelecer as diferenças: o mapa de 1943 mostra a Corrente de Humboldt como uma extensão da Corrente do Pacífico Sul, o que se repete na maioria das referências bibliográficas que tratam de correntes. Em vez disso, a animação feita pela NASA nos mostra que são duas correntes diferentes cuja origem também é diferente. A imagem de satélite do hemisfério ocidental (América e Oceano Pacífico) também nos mostra os efeitos da nebulosidade que acompanha a corrente do Pacífico sul e a falta de nuvens nas costas norte do Chile e Peru onde a corrente Humboldt, que é de águas frias e que vai de sul a norte, deixando uma imagem sem nuvens tanto no mar como na zona costeira dos referidos países, o que esclarece que são duas correntes diferentes,

Rotação Da Terra E Correntes Oceânicas

Os efeitos da rotação da Terra são visíveis na direção das correntes oceânicas, nos padrões observados na dinâmica atmosférica, no efeito Coriolis, nos padrões dos ventos, principalmente os planetários, na dinâmica fluvial e na ressurgência de águas frias de as profundezas submarinas nas costas ocidentais dos continentes, principalmente na zona intertropical. Também é responsável pelo bojo equatorial do nosso planeta e, portanto, pelo achatamento polar, embora o bojo equatorial provavelmente tenha ocorrido em períodos da história geológica do nosso planeta em que sua temperatura era mais elevada, por isso tinha um tipo de consistência muito mais plástica e facilmente deformada. O bojo equatorial da litosfera ou parte sólida da Terra é notável (o diâmetro equatorial é cerca de 21 km maior que o diâmetro polar), mas o da parte líquida (hidrosfera) é ainda maior, o que significa que o diâmetro polar na superfície dos oceanos seria muito menor que a equatorial e isso se deve ao fato de a hidrosfera ser uma camada fluida e de menor densidade, de modo que a força centrífuga do movimento de rotação atua para elevar o nível do mar na zona intertropicalacima do nível que teria se não houvesse tal movimento de rotação. E no caso da atmosfera, a deformação é ainda maior, pois na zona intertropical, o limite superior da troposfera é quase três vezes maior que o das zonas polares, o que pode ser demonstrado pela grande altura das nuvens de desenvolvimento vertical nessa área. Um conhecido corolário dessas ideias refere-se ao fato de que a montanha mais alta do nosso planeta seria o pico Huascarán no Peru, ou Chimborazo no Equador, se levarmos em conta a altura absoluta dessa montanha em relação ao centro do Terra.. Everest _, localizado na zona temperada, embora seja a montanha mais alta do mundo em relação ao nível do mar na costa da Índia (no Oceano Índico), teria uma altura muito menor que Huascarán se medissemos essa altura também em relação ao Centro da Terra.

Em conclusão, a força centrípeta de rotação da Terra se deve à diferença de comprimento entre o raio da Terra no equador (6.378 km) e o raio polar (6.357 km), o que dá um resultado de pouco mais de 21 km.

Efeito Coriolis

Conceito

O efeito Coriolis, descrito em 1835 pelo cientista francês Gaspard-Gustave Coriolis, é uma consequência do movimento rotacional da Terra que afeta todos os corpos em movimento na superfície terrestre, neste caso a água do mar, que reage inercialmente a esse movimento, como acontece com os ventos planetários, que também se devem à inércia do movimento de rotação da Terra. Isso significa que o efeito Coriolis não é uma força verdadeira, mas uma consequência da rotação da Terra, ou seja, não é que a água dos mares e oceanos se mova sozinha, mas sim que é a litosfera que gira em torno da Terra. eixo terrestre e isso origina as correntes marinhas, que, como dissemos, constituem um dos efeitos mais importantes dessa rotação. A melhor demonstração do efeito Coriolis é verificada experimentalmente com o pêndulo de Foucault: este pêndulo é suspenso de um ponto para que, uma vez colocado em movimento, siga sempre a mesma direção. Em cada oscilação marca um deslocamento visível na base do pêndulo e esse deslocamento é produzido, não pelo desvio do próprio pêndulo, mas pela rotação da Terra, que poderíamos dizer em suma, pelo giro da Terra. Assim, não é que a direção do movimento inicial do pêndulo seja desviada, mas que o local onde está localizado também gire como todo o planeta. E a vantagem de usar o pêndulo de Foucault é que ele não só demonstra o movimento de rotação da Terra, mas também a direção desse movimento, que é da direita para a esquerda (de oeste para leste) no hemisfério norte e da esquerda para a direita no hemisfério norte. o hemisfério norte. o hemisfério sul (de leste a oeste).

A análise do movimento do pêndulo de Foucault serve para compreender claramente o conceito de correntes marinhas e ventos planetários como efeito inercial do movimento de rotação da Terra. Isso porque tanto o pêndulo de Foucault quanto a água oceânica e o ar atmosférico se movem no espaço tridimensional, o que é impossível de simplificar quando falamos de um plano e um raio de giração em um plano bidimensional. Vamos tentar entender a complexidade de um movimento em um espaço tridimensional: a ideia de Foucault era segurar um grande pêndulo de um ponto a uma grande altura (quase 60 m.) para “isolar” a direção inicial do movimento do pêndulo da superfície da terra. Como consequência, esta direção inicial é mantida enquanto o pêndulo continuar a oscilar: o fato de o pêndulo derrubar os pinos ou esferas sempre para a esquerda (olhando do centro de gravidade do pêndulo) nos mostra que não é que o pêndulo está se desviando para a esquerda, mas que é o círculo onde os pinos estão localizadas ou esferas que serão progressivamente derrubadas pelo próprio pêndulo, que se move girando da direita para a esquerda, ou seja, no sentido anti-horário (estamos nos referindo ao hemisfério norte, pois no hemisfério sul o sentido de rotação é inverso, que é, no sentido horário da esquerda para a direita). A diferença entre o efeito anti-horário no hemisfério norte e o efeito horário no hemisfério sul é obviamente devido ao fato de que enquanto a direção norte-sul está na mesma direção em ambos os hemisférios, o movimento do pêndulo é sempre de oeste para leste em ambos os hemisférios, o que significa a diferença de avanço no sentido horário no sentido oposto de rotação nos dois hemisférios. Tudo isso foi suficientemente estudado e descrito em muitos trabalhos, por isso não faz muito sentido explicá-lo aqui.

Resta acrescentar que o círculo onde o pêndulo se move gira duas vezes por dia (uma ao redor da Terra no paralelo de latitude onde o círculo está localizado e outra ao redor do centro do mesmo círculo). E em cada oscilação do pêndulo, seu centro de gravidade se moverá gradualmente de oeste para leste, ou seja, no sentido anti-horário no hemisfério norte e no sentido horário no hemisfério sul.

Insolação E Correntes Oceânicas

A radiação solar, ou seja, a insolação, gera uma leve diminuição na densidade da água, criando uma espécie de círculo vicioso: como a água quente é menos densa que a fria, ela fica disponível na superfície de lagos, mares e oceanos, localizando a água mais fria em maior profundidade. E, como a água quente está na superfície, é ela que recebe diretamente a insolação, por isso aquece mais. Mas lembremos que o aumento da evaporação dá lugar ao consequente arrefecimento das águas que não evaporaram, uma vez que o calor envolvido na evaporação provém dessas águas. O resultado é que as águas superficiais ficam mais quentes durante o dia e mais frias à noite, resultando em águas profundas com uma temperatura estável tanto de dia quanto de noite, enquanto as águas superficiais têm uma temperatura constante. altamente variável, sendo mais alta no final da tarde e mais baixa no final da tarde. meio da manhã, conforme indicado no artigo sobre diatermia. Isso é claramente evidente em uma piscina, lago ou em uma praia calma, onde a temperatura da água nos pés é muito mais fria do que na superfície.

O problema descrito é complicado quando levamos em conta as características físicas da água: a água não atinge sua densidade máxima a 0°C, mas a 4°C. Isso tem consequências muito importantes nas correntes marinhas e na ressurgência de águas frias nas costas ocidentais dos continentes nas zonas intertropicais e subtropicais.

Tentemos explicar essa ideia que vem constituindo processos que não costumam ser levados em conta em alguns trabalhos de oceanografia: como a água do mar atinge sua maior densidade a 4°C, toda a água do oceano terá essa mesma temperatura após uma certa profundidade, não só onde os raios do sol já não chegam, mas mais abaixo, onde a própria pressão da coluna de água a obriga a atingir essa temperatura. Em outras palavras: a água da superfície oceânica pode ter uma temperatura superior a 0°, mas a uma certa profundidade só pode ter 4°. Se a água da superfície atingir menos de 4°, ela flutuará (o caso extremo é a temperatura de 0°, na qual não estará apenas na superfície, mas se transformará em gelo, cuja densidade é muito menor que a da água líquida). Deve-se esclarecer que em condições normais, a água de superfície não congela exatamente a 0°, mas cerca de 2 graus abaixo do ponto de congelamento, devido aos minerais dissolvidos que contém (sais e outros). Este fato é conhecido desde a antiguidade e costumava ser usado em festas campestres para tomar sorvete feito na hora durante o verão com o uso de uma centrífuga de metal onde leite, açúcar e sabores são colocados e girados em alta velocidade em pedaços de gelo.com bastante sal: o gelo não derrete a 0º mas a quase 2º abaixo de zero e essa diferença arrefece os ingredientes da mistura até congelarem.

Uma conclusão decorre do que foi dito: tanto as temperaturas mais altas como as mais baixas da água do oceano são alcançadas na superfície do oceano e quando se atinge 4° (seja pelo aquecimento da água com uma temperatura entre 0° e 4° ou pelo resfriamento das águas com temperaturas superiores a esse valor), a água desce até uma certa profundidade, até atingir a zona com temperatura uniforme (aproximadamente 4 °C). Como é natural, as correntes quentes que vão para as zonas polares (ou melhor, para a zona polar do Ártico, já que na zona antártica, a corrente circumpolar impede que correntes mais ou menos quentes cheguem à Antártida), eles serão introduzidos sob o gelo quando esfriarem (ou aquecerem, dependendo de sua temperatura inicial) até atingirem 4 ° C (mais precisamente, 3,8 ° C).

A Configuração Do Relevo Subaquático

Existem vários tipos de relevo subaquático:

  • fossas oceânicas
  • dorsais meso-oceânicas
  • planícies abissais
  • cumes subaquáticos
  • plataforma continental
  • declive continental

No entanto, com exceção das duas últimas formas de relevo subaquático, essas formas praticamente não têm ação sobre a direção ou intensidade das correntes marítimas (entendidas como correntes de superfície). No caso da plataforma continental, sua pouca profundidade (menos de 200 m) consegue dissipar grande parte da energia produzida pelas correntes, principalmente nas costas mais irregulares. E no caso do talude continental, sua ação não se dá diretamente nas correntes superficiais, mas nas águas mais profundas que se movem em uníssono com a litosfera na planície abissal. Mas ao atingir o referido talude continental nas costas ocidentais dos continentes, as águas mais profundas são forçadas a subir,

A Configuração Das Costas

Este fator modificador das correntes marinhas é extremamente importante e determina diferenças consideráveis ​​na direção e trajetória das correntes marinhas (lembre-se que as correntes marinhas são definidas como correntes de superfície das águas dos oceanos e mares, de modo que qualquer disposição das costas pode influenciar essas correntes).

Os casos mais evidentes estão na direção da corrente equatorial do Oceano Atlântico quando atinge a costa do Brasil e na direção da corrente de Humboldt quando é desviada para o equador terrestre pela configuração das costas ocidentais da América do Sul. No primeiro caso, a corrente equatorial norte é dividida em duas: uma parte considerável é desviada para o norte (digamos 75%) porque a responsável por esse desvio (a ponta leste do Brasil) está localizada cerca de 5º ao sul. do equador terrestre. A grande quantidade de águas quentes que são desviadas para noroeste é responsável pela grande quantidade de chuvas nas Guianas (cerca de 4.000  mmem média) em comparação com o córrego que vira para sudoeste, que carrega uma precipitação média muito menor (digamos, cerca de 1500 mm). Além disso, essa diferença no desvio da corrente equatorial leva a períodos de seca extremamente severos no nordeste do Brasil, explicado por Josué de Castro em seu livro Geopolítica da Fome como o motivo do deslocamento de populações inteiras para o sul, fugindo da seca e da fome. E no segundo caso, as águas frias da Corrente Humboldtque são produzidos nas costas do Chile e do Peru ao ascender lá devido ao efeito do movimento de rotação terrestre, são desviados para o equador terrestre pela curvatura das costas do continente sul-americano. E esta ressurgência de águas profundas ao longo das costas ocidentais da América do Sul dá origem ao seu clima desértico (desertos de Atacama no Chile e Sechura e outras áreas costeiras do Peru), por um lado, e também à existência de uma área extremamente rica nos recursos pesqueiros, não tanto pela frieza das águas, mas porque a sua subida traz à superfície uma grande quantidade de substâncias orgânicas em decomposição que de outra forma afundariam definitivamente no fundo do oceano e que constituem uma espécie de alimento para o fitoplâncton (vegetação oceânica) diretamente,

Ventos Planetários E Correntes Oceânicas

O efeito do vento na intensidade, duração e direção das correntes oceânicas é praticamente inexistente. O fato de muitas vezes a direção das correntes marinhas e dos ventos planetários coincidirem entre si se deve ao fato de que tanto um como o outro se movem pelas mesmas razões relacionadas aos movimentos da Terra como planeta, especialmente o movimento de rotação terrestre.

No entanto, a ideia de que o vento é o motor das correntes marinhas está profundamente enraizada em todo o mundo, apesar de, há cerca de 500 anos, se poder verificar que esta é uma correlação praticamente inexistente. Por exemplo, Seager e outros afirmam que: Aqui (ou seja, no artigo) mostra-se que a principal causa desta diferença de temperatura é a advecção pelos ventos médios. Os ventos de sudoeste trazem ar marítimo quente para a Europa e os de noroeste trazem ar continental gelado para o nordeste da América do Norte. Além disso, a análise do balanço de calor da superfície do oceano mostra que a maior parte do calor liberado durante o inverno do oceano para a atmosfera é responsável pela liberação sazonal de calor previamente absorvido e não pela convergência do fluxo de calor do oceano (Seager et al.). A este respeito é necessário dizer que:

  • Na primeira frase diz-se que a diferença entre as temperaturas das costas ocidentais da Europa (quentes) e as orientais da América (frias) se deve à advecção, ou seja, ao transporte horizontal de calor por meio dos ventos.
  • Na segunda frase diz-se que os ventos de sudoeste trazem ar quente de origem marítima para a Europa enquanto os ventos de noroeste (massas de ar frio continental da América do Norte) atingem as costas do nordeste da América do Norte, arrefecendo muito as temperaturas das costas do leste do Canadá e nordeste dos Estados Unidos.
  • A terceira sentença afirma que a análise do balanço de calor na superfície do oceano mostra que a maior parte do calor liberado pelo oceano na atmosfera durante o inverno vem do calor previamente absorvido e não da convergência do fluxo de calor do oceano.

Curiosamente, a citação acima contradiz completamente a ideia principal expressa no artigo (de que o transporte de calor para a Europa se deve aos ventos e não à Corrente do Golfo), pois se falarmos dos ventos de oeste trazendo ar marítimo quente para a Europapara a Europa) diz-se que os ventos de oeste trazem consigo o calor emitido pela Corrente do Golfo traduzido em nuvens e nevoeiros que, por sua vez, cedem o calor da condensação (de origem marítima, não atmosférica como o próprio artigo aponta de Seager et al) para o continente europeu, especialmente em suas costas noroeste. E na segunda frase, ao contrário, reafirma-se a mesma coisa que na primeira, pois a diferença de temperatura entre a Grã-Bretanha e a península de Labrador não se deve apenas ao transporte de ar marítimo quente para a Europa, mas também ao transporte de ar frio continental em direção às costas do nordeste da América do Norte, que são, consequentemente, muito mais frias do que as costas europeias.

Finalmente, na terceira frase afirma-se que a maior parte do calor liberado pelo oceano na atmosfera vem do calor previamente absorvido (também pelo oceano, isto é) e não da convergência do fluxo de calor oceânico. Esta frase explica algo que é muito melhor desenvolvido no artigo sobre diatermância onde se aponta que as águas oceânicas, devido ao seu maior calor específico, embora demorem muito mais para absorver o calor da radiação solar, também demoram mais para liberá-lo, regulando a temperatura ao longo do ano e as diferentes estações geoastronômicas. E esta regulação da temperatura é a característica fundamental dos climas marítimos típicos do noroeste da Europa (Ilhas Britânicas, por exemplo).

O Caso Especial Das Ilhas Nas Costas Orientais Do Oceano Atlântico E Em Outros Lugares

O exemplo de algumas ilhas localizadas nas costas ocidentais dos continentes serve para demonstrar a origem das correntes frias com a emersão ou ressurgência de águas profundas devido ao movimento de rotação da Terra. E o fato de algumas dessas ilhas serem de origem vulcânica (com grande profundidade em relação à sua extensão) gera a formação do que poderíamos chamar de rios oceânicos, que nada mais são do que correntes oceânicas friasde pequenas dimensões que não só vão ao encontro da origem e características de todas as correntes marinhas em geral e das correntes oceânicas frias, como também constituem uma demonstração da origem geoastronômica das marés com base no movimento de rotação da Terra. É o caso das correntes oceânicas frias ao largo das costas ocidentais das ilhas de Cabo Verde, como pode ser visto na imagem de satélite da NASA. Nesta imagem, pode-se ver como as águas frias e escuras, por serem mais densas, formam uma espécie de rio no oceano que perde velocidade à medida que se desloca para sudoeste. A dinâmica dessas correntes (uma para cada ilha) é muito simples: embora, como já foi dito, as águas do fundo submarino se desloquem de oeste para leste, quando já estão na superfície, deixam de ter essa direção para se desviar para sudoeste, pois a rotação da Terra de oeste para leste tem como consequência, por inércia, o deslocamento das águas para oeste, mas a força centrífuga também da referida o movimento desvia as águas para o sul (onde está o equador) resultando em uma direção sudeste que, ao se aproximar do equador, torna-se francamente leste. Claro, isso não acontece neste caso, porque o equador está longe, e a velocidade dessas correntes estreitas está diminuindo como pode ser visto pelas espécies de mas a força centrífuga desse movimento também desvia as águas para o sul (onde está o equador) resultando em uma direção sudeste que, ao se aproximar do equador, torna-se o franco leste. Claro, isso não acontece neste caso, porque o equador está longe, e a velocidade dessas correntes estreitas está diminuindo como pode ser visto pelas espécies de mas a força centrífuga desse movimento também desvia as águas para o sul (onde está o equador) resultando em uma direção sudeste que, ao se aproximar do equador, torna-se o franco leste. Claro, isso não acontece neste caso, porque o equador está longe, e a velocidade dessas correntes estreitas está diminuindo como pode ser visto pelas espécies demeandros que atraem nas ilhas mais importantes.

O Caso Especial Dos Mares Fechados

Nos grandes mares fechados (ou quase fechados) como é o caso do Mar Mediterrâneo, do Mar Báltico, do Mar das Antilhas, do Golfo do México e outros), as correntes marinhas refletem claramente o efeito do movimento de rotação terrestre e não o direção dos ventos e isso constitui uma prova magnífica do que foi apontado no início sobre a origem das correntes oceânicas.

A diferença mais notável entre mares e mares abertos é que no primeiro é possível ver um deslocamento das correntes de forma circular, adaptando-se, como é lógico, à configuração das costas, não se verificando quase nenhuma coincidência entre os direção dos ventos e direção das correntes, enquanto em mar aberto podem ser verificadas algumas das grandes coincidências entre correntes marinhas e ventos constantes ou planetários. Mas, neste último caso, a aparente coincidência entre algumas correntes e os ventos planetários não se deve ao fato de que esses ventos se movemcorrentes marítimas, mas pelo contrário, os ventos planetários (ventos alísios, ventos de oeste, etc.) são causados ​​pelas diferenças de pressão atmosférica criadas por essas correntes. Alguns exemplos servirão para demonstrar claramente a ideia de que são as correntes oceânicas que determinam a direção, as características e a trajetória dos ventos planetários e não o contrário.

Correntes Marinhas No Mar Mediterrâneo

O Mar Mediterrâneo, bem como todos os mares internos da sua bacia (Adriático, Tirreno, Jónico, etc.) e o Mar NegroTodas apresentam uma corrente marítima paralela à costa sul na direção oeste-leste e uma corrente paralela à costa norte na direção oposta, ou seja, de leste a oeste. Esta corrente circular é indicada no mapa de correntes oceânicas de 1943 se você aumentar o zoom para ver essa direção indicada por algumas setas pretas. A razão da direção dessa corrente circular deve-se ao movimento de rotação da Terra e não à direção dos ventos, que geralmente vêm de sudoeste (são os ventos de oeste) durante a maior parte do ano, embora também possam golpe de qualquer direção, atendendo a posição momentânea dos centros de ação (ciclones e anticiclones). Curiosamente, os ventos que trazem maior perigo às embarcações desportivas (no caso do Mar Mediterrâneo) são os ventos do Levante, ou seja,Flor de Maio:

Ao meio-dia o tempo mudou. Soprava o vento do Levante, tão terrível no Golfo de Valência; o mar ondulou levemente; o furacão avançou, enrugando a superfície lisa, que assumiu uma cor lívida, e muitas nuvens se moveram do horizonte, cobrindo o sol.

Em consequência do sentido destas correntes no Mediterrâneo, a geometria dos portos deve protegê-los por meio de quebra-mares e molhes sempre à sua esquerda, vendo o porto da costa para o mar. Desta forma, o porto ficará protegido, não dos ventos (que podem soprar em qualquer direção), mas das correntes, que são as que podem causar as consequências mais negativas para a navegação e segurança portuária.

Correntes Marítimas No Mar Báltico

As correntes marinhas do Mar Báltico seguem exatamente o mesmo padrão do Mar Mediterrâneo, mas as costas têm características diferentes, além do fato de que, neste caso, há um excesso de água que passa para o Mar do Norte através do Estreito Dinamarquês, ao contrário do que acontece no Estreito de Gibraltar. No caso do Báltico, o mesmo que foi explicado no Mediterrâneo, as águas seguem um movimento circular no sentido anti-horário: as costas do sudeste (Alemanha, Polônia, países bálticos) são baixas e arenosas, de modo que barras e cordões são formados litorais que se estendem da esquerda para a direita e que encerram uma espécie de lagoa costeira que recebe o nome, em alemão, de haff, termo que equivale ao delagoa em espanhol (​). A mesma coisa que acontece com a Albufera e o Mar Menor na Espanha, as lagoas da costa sudeste do Mar Báltico cresceram no lado esquerdo e se abriram no lado direito (olhando para o mar aberto) para dar lugar às águas excedentes do a lagoa. É o mesmo desenho dos portos do Mediterrâneo, mas neste caso é de origem natural. Ou, posto no sentido contrário, a entrada dos portos para navegação deve estar sempre localizada no ponto oposto ao sentido das correntes costeiras. Se não fosse esse o caso, as portas ficariam inutilizáveis ​​em pouco tempo.

Tipos De Correntes Oceânicas

De Acordo Com Sua Temperatura

Uma classificação sugerida desses movimentos vem da temperatura das massas de água que se movem em cada um desses movimentos:

  • Quente: fluxo das águas superficiais dos oceanos que tem sua origem na zona intertropical e se dirige, desde as costas orientais dos continentes (América do Norte e Ásia) em direção às latitudes médias e altas na direção oposta à rotação terrestre, como a Corrente do Golfo ou a Kuroshio ou a Corrente do Japão. No hemisfério sul, essas correntes são quase inexistentes, devido à configuração das costas e ao fato de que em latitudes de clima temperado e frio quase não existem terras.
  • Frio: fluxo de águas frias que se movem como resultado do movimento de rotação da Terra, ou seja, de leste para oeste, das costas ocidentais dos continentes devido à ascensão de águas frias de grandes profundidades nas zonas intertropicais e subtropicais. Exemplos de correntes frias: as Ilhas Canárias, a Benguela, a Humboldt ou Peru, e a Califórnia, todas elas nas costas ocidentais dos continentes da zona intertropical e subtropical. A Corrente Oyashio (no Oceano Pacífico) e a Groenlândia ou Corrente Labrador, também são produzidos pela subida das águas frias e podem ser definidos como compensação pelo efeito das correntes quentes quando atingem altas latitudes nas costas ocidentais dos continentes. Estas correntes frias só ocorrem na zona do Ártico já que a zona antártica é muito mais uniforme e só tem uma corrente contínua circumpolar em que não há subida de águas frias provocadas pelo relevo subaquático. Pelo que foi indicado acima, a corrente circumpolar antártica apresenta águas superiores a 4º em primeiro lugar, por serem superficiais e em segundo lugar, porque absorvem uma certa quantidade de radiação solar devido ao fato de se moverem permanentemente na mesma direção e sem a subida das águas frias para percorrer um círculo quase completamente sem terra. Neste sentido,

De Acordo Com Suas Características

Uma segunda classificação inclui o tipo de corrente associada ao deslocamento de massas de água em qualquer meio. Está associado de acordo com o fenômeno que permite o movimento.

  • As correntes oceânicas são produzidas pelo movimento de rotação terrestre, portanto apresentam um movimento constante, em geral, na direção leste-oeste na zona intertropical ou na direção oposta, de oeste para leste, ou seja, com a mesma direção do Rotação da Terra em latitudes médias a altas.

É, como acontece com ventos constantes ou ventos planetários, deslocamentos produzidos pelo efeito da inércia: na zona intertropical, as correntes se movem na direção oposta à rotação da Terra, as águas do fundo do oceano acompanham nosso planeta no movimento de rotação de oeste para leste, mas as águas superficiais são deixadas para trás pela inércia, o que significa uma corrente equatorial de grande amplitude e a de maior volume de água que se produz em nosso planeta.

Em outras palavras: a corrente equatorial se move de leste para oeste por inércia, pois as águas apresentam uma resistência para acompanhar nosso planeta em seu movimento de rotação. Mas nas latitudes médias e altas, as correntes se movem de oeste para leste também devido ao mesmo princípio de inércia, embora neste caso seja um efeito inercial que aumenta progressivamente à medida que a latitude aumenta, aumentando sua velocidade e chegando a ultrapassar ligeiramente a velocidade de rotação da Terra. Por outro lado, como essa circulação oceânica tem um padrão semelhante ao dos ventos planetários, eles interagem entre si, tanto na velocidade de movimento quanto na quantidade de calor que transferem. Envolvem o movimento de grandes massas de água,meridianos. Por isso, as correntes oceânicas são o que explicam as enormes diferenças climáticas entre as costas americana e europeia do Atlântico Norte, para citar um exemplo bem conhecido.

  • As correntes de maré são correntes periódicas com um ciclo diário que são produzidas pela atração da lua e, em menor grau, do sol. São correntes superficiais de águas marinhas e, portanto, envolvem principalmente águas mornas. Apesar de pouco estudadas, essas correntes de maré envolvem grandes deslocamentos de água do hemisfério norte para o sul e vice-versa. Obviamente, se a posição do sol e da lua coincidem no mesmo hemisfério (durante a lua cheia ou lua nova no verão do hemisfério norte), as marés resultantes atraem uma grande quantidade de água que pode atravessar o equador terrestre no Oceano Pacífico. e mais ainda, noOceano Atlântico, devido neste último caso à configuração das costas sul-americanas, que desviam a corrente equatorial e, portanto, as marés vivas para noroeste, ao longo da costa sul-americana do nordeste brasileiro, das Guianas, da Venezuela e das Antilhas. E durante o inverno no hemisfério norte ocorre o processo inverso.
  • As correntes de ondas são aquelas que modificam em grande parte a linha de costa e são produzidas pelos ventos, especialmente por tempestades ou furacões que estão associados ao movimento de massas de ar de origem continental e marítima.
  • Correntes costeiras de deriva: são o resultado da ação das correntes oceânicas quando atingem as costas cujo trajeto apresenta alguma inclinação ou desvio em relação à direção original das mesmas. O exemplo da corrente equatorial atlântica que atinge a costa do Brasil (como pode ser visto no mapa de correntes, é muito claro a esse respeito, já que quase todas as suas águas são desviadas para o noroeste porque as costas têm essa característica. Corrente ou Corrente Nordeste do Brasil transporta uma grande quantidade de águas quentes para as costas das Guianas, costa leste da Venezuela e Pequenas Antilhas, e é por isso que as costas atlânticas das Guianas e Venezuela têm um clima mais chuvoso do que os do nordeste brasileiro, já no hemisfério sul.equador térmico em direção ao hemisfério norte e a menor incidência de furacões no litoral sul do Brasil.
  • As correntes de densidade, ocorrem nas zonas de contacto de duas massas de água com densidades diferentes, geralmente devido ao encontro de águas de temperaturas diferentes, embora esta ideia possa dar origem a alguma confusão, uma vez que a maior densidade da água se apresenta a 4 ºC e quase sempre pensamos que as águas frias são mais densas, o que é verdade, mas só até atingir a temperatura indicada. Essa troca de águas de diferentes densidades pode ocorrer em três áreas de contato:
  1. Nos estreitos entre diferentes mares ou oceanos, como ocorre no Estreito de Gibraltar, as águas do Atlântico entram no Mediterrâneo em cunha devido à sua maior densidade, enquanto as do Mediterrâneo, geralmente mais quentes, entram no Atlântico por acima devido à sua menor densidade. Neste caso, as águas do Atlântico têm um volume muito superior ao do Mediterrâneo, porque este mar é deficiente em água devido ao clima mais seco e à forte evaporação das suas águas. Os estreitos dinamarqueses, por outro lado, trocam as águas do Mar do Norte com as do Mar Báltico, mas de forma diferente, pois o Mar Báltico tem um excedente de água que vai para o Mar do Norte, principalmente através do canal que separa a Dinamarca da Suécia, ou seja, ao longo da costa deste último país.
  1. Ao longo do equador, onde as correntes frias podem encontrar correntes mais quentes com a mesma direção leste-oeste, mas de outro hemisfério. Neste caso, ao longo do equador existe a mesma corrente equatorial mas onde coexistem águas de temperaturas muito diferentes, como se pode ver no cartograma das temperaturas superficiais do Oceano Pacífico.
  2. Ao longo do Círculo Ártico, onde as correntes vindas do Oceano Ártico para o sul são de água muito fria (menos de 4 ºC) e, portanto, são superficiais, pois têm menor densidade (lembre-se que a maior densidade da água está presente em torno de 4ºC). De fato, a corrente leste da Groenlândia traz uma grande camada de gelo flutuante para o sul, o que explica por que a costa leste da Groenlândia é praticamente despovoada. Por outro lado, na costa ocidental da Gronelândia surgem águas profundas que, por definição, têm uma temperatura à volta dos 4ºC, o que explica porque é uma costa sem gelo e, consequentemente, concentra quase toda a população da Gronelândia.

Causas Físicas Das Correntes Oceânicas

Entre os mecanismos hidrológicos e oceanográficos que explicam a produção das correntes oceânicas, podemos citar os três mais importantes: os movimentos de rotação e translação da Terra, os ventos planetários e a ressurgência das águas frias das profundezas das costas ocidentais do continentes na zona intertropical e nas latitudes subtropicais. Esta ressurgência de águas frias que ocorre nas costas ocidentais dos continentes em latitudes tropicais deve-se ao movimento de rotação da Terra, que tem duas consequências importantes: uma sobre os ventos, o efeito Coriolis, que desloca para leste os ventos alísios e outro sobre as próprias correntes marítimas, que também as desvia para leste.

Impacto

Clima seco nas costas ocidentais da zona intertropical ou subtropical que são banhadas por correntes frias e clima mais quente e úmido nas costas ocidentais dos continentes nas latitudes médias e altas, devido à enorme quantidade de energia que transportam das zona intertropical. Em linhas gerais, as direções das correntes oceânicas coincidem com as dos ventos planetários pelas mesmas razões que estes últimos.

Correntes Principais

Oceano Ártico

  • Corrente da Groenlândia Ocidental
  • Corrente leste da Groenlândia
  • Corrente da Noruega

Oceano Atlântico

  • Corrente das Antilhas
  • Corrente do Atlântico Norte
  • Corrente do Atlântico Sul
  • Corrente de Benguela
  • Brasil atual
  • Corrente do Cabo Horn
  • Corrente Canária
  • Corrente do Caribe
  • Corrente Equatorial Norte
  • Corrente Sul Equatorial
  • Corrente do Golfo
  • Corrente da Groenlândia Ocidental
  • Corrente leste da Groenlândia
  • Corrente da Guiné
  • Córrego Labrador
  • Corrente de Madagascar
  • Corrente das Malvinas
  • Corrente Norte do Brasil
  • Corrente da Noruega
  • Corrente Portuguesa
  • Corrente Spitzbergen

Oceano Pacífico

  • Corrente do Alasca
  • Corrente Aleuta
  • Corrente da Austrália Oriental
  • Corrente da Califórnia
  • Corrente Cromwelliana
  • Corrente Equatorial Norte
  • Corrente Sul Equatorial
  • Corrente de Humboldt
  • Corrente de Kamchatka
  • Corrente Kuroshio (ou Corrente do Japão)
  • Corrente de Mindanao
  • Corrente do El Niño
  • Corrente de Oyashio
  • Corrente do Pacífico Norte

Oceano Índico

  • Corrente das agulhas
  • Corrente da Austrália Ocidental
  • Corrente Sul Equatorial
  • Corrente Oriental de Madagascar
  • Corrente de Leeuwin
  • Corrente de Madagascar
  • corrente de monção
  • Corrente Moçambicana
  • Corrente da Somália

Oceano Antártico

  • Corrente Antártica
  • Corrente Circumpolar Antártica
  • Torção Weddell

Por que regiões banhadas por correntes oceânicas frias tendem a ser secas?

Como as suas temperaturas são baixas, ela não gera muita umidade, fazendo com que o seu ambiente ao redor fique seco e atraia todo o ar úmido que por ele passe.

Como as correntes marítimas influenciam os climas das regiões costeiras?

Elas são originadas pela circulação dos ventos, pelo movimento de rotação da Terra. As correntes marítimas possuem direção constante e influenciam no clima de diversas regiões da terra onde atuam, pois transportam consigo temperaturas e umidades variadas.

Como as correntes marítimas podem interferir no clima?

Há de se destacar também que uma outra função das correntes marítimas em relação ao clima global seria a distribuição das temperaturas impedindo, assim que as áreas que recebem mais radiação solar fiquem continuamente mais quentes e as áreas polares fiquem continuamente mais frias, afinal distribuem o calor.

O que determina que uma corrente seja quente ou fria?

Elas são formadas em função da diferença de densidade entre as águas quentes e frias, pela ação de ventos ou pela influência das marés, e podem ser classificadas em quentes ou frias.