Sintomas do cancer de utero

Por sua experiência, a Oncocentro Curitiba, já verificou que cânceres ginecológicos podem apresentar sintomas logo no início da doença. Embora os sintomas descritos abaixo possam estar presentes em cânceres ginecológicos, a sua presença de maneira alguma é um indicativo absoluto da doença.

É muito importante que a mulher esteja sempre atenta ao seu corpo e frente a qualquer sintoma suspeito persistente, procure seu médico.

01 - Dor Pélvica

Dor pélvica é uma dor ou pressão abaixo do umbigo. Pode ser persistente e não ocorre apenas durante o período pré-menstrual. A dor pélvica pode estar associada a vários tipos de câncer, como o câncer de endométrio, câncer de ovário, câncer de colo do útero, câncer de vagina e câncer das trompas de Falópio.

02 - Inchaço Abdominal

O inchaço abdominal e flatulência são sintomas que podem estar presentes em casos de câncer de ovário. Esses sintomas costumam ser os mais ignorados pelas mulheres, apesar de causar bastante incômodo.

03 - Dores nas Costas

Um dos sintomas do câncer de ovário pode ser a dor lombar persistente, na parte inferior das costas, e algumas mulheres a descrevem como uma dor intensa, semelhante ao trabalho de parto.

04 - Sangramento Vaginal Anormal

O sangramento vaginal anormal é o sintoma mais comum dos cânceres ginecológicos como câncer de colo de útero e câncer de endométrio. Menstruações muito intensas, sangramento entre os períodos menstruais, além de sangramento durante e após a relação sexual são considerados anormais. Esse tipo de sangramento pode estar associado ao câncer de colo do útero, câncer de útero e mais raramente câncer de ovário.

05 - Febre

Uma febre persistente, que dura mais de 7 dias, deve ser investigada. Além de ser um sintoma de várias doenças infecciosas, a febre persistente pode ser também um sintoma de câncer, embora relativamente raro.

06 - Dores de Estômago ou Alterações Intestinais

Uma mudança significativa e súbita no habito intestinal, como sangue nas fezes, gases, prisão de ventre ou diarreia, pode ser sintoma de câncer de colorretal ou algum outro câncer ginecológico.

07 - Perda de Peso

Perder 10 kg ou mais sem estar fazendo uma dieta até pode ser uma surpresa agradável, mas não costuma ser normal. Embora o peso possa flutuar ao longo do mês, mudanças muito pronunciadas precisam ser investigadas.

08 - Anormalidades na Vulva ou Vagina

Anormalidades como feridas, bolhas ou alterações na cor da pele devem sempre ser investigadas. Fique de olho, e se surgir alguma alteração na vulva ou vagina, procure um médico.

09 - Alterações na Mama

Faça o autoexame das mamas mensalmente, e se notar alguma alteração como nódulos, dor, secreção, ondulações, vermelhidão ou inchaço ou inversão do mamilo, procure seu médico o mais rápido possível.

10 - Fadiga

A fadiga é o sintoma mais comum de qualquer tipo de câncer, embora seja muito comum em diversas doenças não cancerosas. Costuma ser mais frequente quando a doença está num estágio mais avançado, mas às vezes pode ocorrer em fases iniciais. Fadiga que impeça realizar as atividades normais do dia a dia precisa ser avaliada por um médico.

O câncer do colo do útero pode se apresentar como uma doença silenciosa em suas fases iniciais, no entanto, pode ser evitável e curável, sendo a detecção precoce fator importante para aumentar as chances de cura. Essa é uma informação que precisa ser massivamente disseminada entre a população feminina brasileira. 

Isso porque o Instituto Nacional de Câncer – (INCA) estimou 16.590 novos casos por ano para o triênio 2020-2022, sendo que 6.526 mortes foram computadas em 2018.

No mundo, essa neoplasia é considerada como o quarto tipo de tumor mais frequente em mulheres, enquanto no Brasil ocupa a terceira posição, ficando atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal (sem considerar os tumores de pele não melanoma).

A incidência dessa doença é diferente entre as diferentes regiões do país: havendo maior ocorrência em regiões menos desenvolvidas:

  • Norte, Nordeste e Centro-Oeste – segundo lugar.
  • Região Sul – quarto lugar.
  • Região Sudeste – quinto lugar.

De modo geral, há uma forte incidência da doença em regiões menos desenvolvidas, de acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde.

Mas, antes de nos aprofundarmos no tema, resolvemos trazer uma breve explicação anatômica de como ele acontece. Continue a leitura!

Câncer no colo do útero, a anatomia da doença

O colo uterino é a parte inferior do útero, que se encontra junto à cúpula da vagina, possuindo uma comunicação através de um conduto denominado canal cervical. É através dele que os espermatozoides penetram e também por onde sai o fluxo menstrual.

A parte externa do colo uterino fica em contato com a vagina, e o local onde ele se abre é a área com maior incidência dos tumores do colo uterino, que se originam nas células que revestem tal área, denominada epitélio.

Seu início é através de uma lesão pré-maligna, caracterizada por um grupamento de células atípicas e displásicas, as quais chamamos de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), geralmente ocasionadas pelo HPV (Papilomavírus Humano), uma infecção sexualmente transmissível (IST), que atinge a pele ou mucosas.

Tais displasias podem ser classificadas como leves, moderadas ou graves (grau I, grau II e grau III, respectivamente).

No grau III, as células displásicas já ocupam toda a espessura do epitélio, com maior probabilidade de invadir a membrana basal, tornando-se um carcinoma invasor.

Geralmente a doença começa em direção à vagina e se aprofundam em direção às lâminas de tecido conjuntivo que mantém o útero fixo em sua posição na bacia: os paramétrios.

Logo após, poderão invadir outros órgãos, tais como: bexiga, ureteres, reto, cavidade pélvica e linfonodos, penetrando também nos vasos linfáticos e sanguíneos, onde passam a ter acesso aos órgãos mais distantes, como pulmões, fígado e ossos.

Porém, felizmente, os exames preventivos podem detectar a presença da neoplasia e das lesões precursoras, possibilitando um tratamento em fases mais iniciais.

Por isso é tão importante manter uma rotina de acompanhamento médico, a fim de se obter um diagnóstico precoce, iniciando os tratamentos adequados o quanto antes.

Tipos de câncer no colo do útero

Muito se engana quem acredita que essa neoplasia é única, pois ela é capaz de englobar diferentes tipos, dependendo da célula que lhe dá origem:

  • Carcinoma epidermóide: responsável por 70% a 80% dos casos e se origina nas células da ectocérvice. Está associado à infecção pelo HPV.
  • Adenocarcinoma: o segundo tipo mais comum, correspondendo a cerca de 20% dos casos, e se origina a partir das células da endocérvice. Também está associado a infecções pelo HPV.
  • Carcinoma adenoescamoso: um terceiro tipo, mais raro e com características dos dois tipos anteriores.

Fatores de risco

Estando diretamente ligados às infecções pelo HPV, existem alguns detalhes que não podem ser deixados de lado.

O início das atividades sexuais precocemente é um deles, bem como a existência de múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com alto índice de risco.

Atualmente, tais fatores de risco têm sido ampliados, uma vez que a forma de se relacionar tem mudado ao longo dos anos, aumentando o número de parceiros sexuais da população.

Sendo assim, é crucial manter relações com a utilização de preservativos, não só para evitar o contágio pelo HPV assim como de demais IST. Além disso, o câncer de colo uterino apresenta uma forte ligação com o HIV (vírus da imunodeficiência adquirida): mulheres soropositivas para o HIV são quatro a cinco vezes mais propensas a desenvolver câncer de colo uterino.

Também é importante dizer que o uso prolongado de contraceptivos orais, más condições de higiene, ter infecção por clamídia, obesidade, bem como o tabagismo são considerados como fatores de risco.

Principais sintomas de câncer no colo do útero

Quando ainda se encontra na fase inicial, a neoplasia pode não apresentar nem um tipo de sinal ou sintoma. 

Em fase mais avançada, o tumor pode ocasionar sangramento vaginal (fora do período menstrual), dor à relação sexual, sangramento após a relação sexual, secreções vaginais anormais, dores abdominais, menstruação mais longa do que o comum, queixas urinárias ou intestinais.

Porém, tais sintomas não são exclusivos do câncer do colo do útero, então, caso exista algum tipo de sintoma, é essencial agendar uma consulta com um ginecologista, pois apenas ele será capaz de oferecer um diagnóstico preciso.

Formas de se obter um diagnóstico precoce

Primeiramente, é importante lembrar que o HPV pode ser prevenido através de vacinação, que é distribuída de forma gratuita pelo SUS para os seguintes grupos:

  • Meninas de 9 a 14 anos.
  • Meninos de 11 a 14 anos.
  • Mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos.
  • Homens imunossuprimidos de 9 a 26 anos.

E, como falado anteriormente, antes de mais nada, uma visita ao ginecologista é crucial para que os exames adequados sejam solicitados. 

De acordo com a OMS, quando o tratamento precoce é realizado, existe a prevenção de até 80% do câncer no colo do útero, visto que há a identificação da maior parte das lesões pré-cancerosas em estágios iniciais, quando ainda são facilmente tratadas e não evoluem para o câncer.

O Papanicolau é o exame que auxilia no diagnóstico da neoplasia e caso haja uma lesão suspeita existe a indicação da colposcopia (que permite a visualização do útero e da vagina com lentes de aumento) e da biópsia, por exemplo.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos, que já tenham tido relação sexual, realizem o rastreamento através do exame Papanicolau.

Nos 2 primeiros anos, o exame deve ser repetido anualmente e, caso seja negativo, deve-se fazê-lo a cada 3 anos.

Esses cuidados devem incluir também homens trans e pessoas não binárias designadas como mulher ao nascer.

É bom lembrar que o Papanicolau é um exame preventivo, destinado a realizar o screening de câncer de colo de útero e lesões precursoras em uma população sem sintomas da doença. Numa mulher com sintomas ginecológicos, um resultado de Papanicolau normal não afasta a necessidade de investigação da causa desse sintoma.

No caso de um diagnóstico de câncer de colo de útero, é fundamental uma avaliação feita por uma equipe multidisciplinar, com ginecologista oncológico, oncologista e, caso necessário, um radio-oncologista.

Além disso, outros exames podem ser necessários, tais como: tomografias, cistoscopia, retossigmoidoscopia e ressonância magnética.

O acompanhamento médico é fundamental para que a doença seja descoberta e tratada ainda em sua fase inicial.

Tratamentos de câncer no colo do útero

A maioria das pessoas se pergunta quais as chances de cura do câncer no colo do útero e a resposta é: vai depender do quão avançado está o tumor.

No caso das lesões pré-cancerosas, os tratamentos costumam apresentar excelentes resultados, podendo chegar a quase 100% de cura.

Eles são realizados, geralmente, através da criocirurgia, que consiste no congelamento por meio de um instrumento apropriado, que cauteriza a área lesionada. No caso de áreas maiores, o médico responsável pode optar pela remoção cirúrgica do colo do útero, o que também tende a gerar quase 100% de cura.

Já no caso do câncer, outros tratamentos poderão ser indicados, tais como: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A escolha do tratamento depende do estágio em que a doença foi diagnosticada.

O pós-tratamento de câncer no colo do útero pode acarretar em modificações na vida da mulher, sendo elas diferentes umas das outras.

Podemos trazer como algumas consequências: infertilidade, antecipação da menopausa e alterações na sexualidade. Mesmo assim, o tratamento oncológico nunca deverá ser evitado!

Atualmente, existem importantes avanços nas técnicas de radioterapia e de cirurgias (por exemplo, cirurgias robóticas minimamente invasivas), com boa eficácia de tratamento e menor taxa de ocorrência de eventos adversos. Há também uma grande expectativa com relação à eficácia de agentes imunoterápicos: alguns já são indicados para uso em doença avançada, mas já há estudos clínicos em andamento avaliando sua eficácia combinado a tratamento concomitante de radioterapia e quimioterapia.

Agora que conversamos sobre esse tema, que tal indicar este conteúdo para todas as mulheres da sua vida?

Fontes: http://www.oncoguia.org.br/https://www.inca.gov.br/ 

Sintomas do cancer de utero

Qual o primeiro sinal de câncer no útero?

Os sintomas de câncer no colo do útero incluem sangramento vaginal, dores locais, corrimento vaginal e outros. Nesses casos, a presença de sintomas pode indicar casos já avançados, necessitando de auxílio profissional para avaliação e tratamento.

Como suspeitar de câncer no útero?

A doença quando está em seu estado avançado pode causar alguns sintomas ao paciente mostrando sinais de um possível câncer, são eles:.
Sangramento vaginal anormal;.
Sangramento e dor após a relação sexual;.
Menstruação mais longa que o comum;.
Dor abdominal;.
Secreção vaginal anormal, podendo ser acompanhada por sangue..

Quem tem câncer no útero sente dor?

Quando o câncer se desenvolve, as células da parede do útero podem desfazer-se produzindo corrimentos abundantes; Dores constantes no abdômen ou na região pélvica, principalmente nas idas ao banheiro ou em relações sexuais; Dores contínuas no corpo, principalmente nas pernas, quadris ou costas.

Quais são os sintomas de câncer de útero e ovário?

Sinais e sintomas.
Desconforto ou dor abdominal, como gases, indigestão, cólicas e inchaço..
Sensação de empachamento mesmo depois de refeição leve..
Náusea, diarreia, prisão de ventre ou necessidade frequente de urinarPerda ou ganho de peso inexplicável..
Perda de apetite..
Sangramento vaginal anormal..
Cansaço incomum..