Como deve ser a participação da família na escola?

O acompanhamento dos responsáveis na vida escolar dos pequenos é, sem dúvida, algo a ser estimulado. Neste artigo, veja algumas ideias de como sua escola pode incentivar a participação da família.

A família é o primeiro ambiente social e afetivo da criança, onde ela aprende os valores de educação, consolidando-se, para sempre, o seu caráter e personalidade.

Em seus primeiros anos de vida, a criança tem, em seus pais, o modelo de seu comportamento.

À medida que a criança cresce, entram em cena outros modelos de comportamento, ampliando, assim, o seu quadro de referência social. A escola, por exemplo.

Na escola, dá-se a primeira separação da criança do contexto familiar. É na escola, que se faz a sua alfabetização. Mas, não é somente esta, a função da escola.

Além de ler, escrever e contabilizar, a escola exerce papel fundamental, juntamente com os pais, no processo de desenvolvimento e construção da personalidade da criança.

Além de desempenhar um papel fundamental no processo de educação e socialização dela, sua principal função é a de prepará-la a assumir o seu papel de adulto, na sociedade.

“Todos nós somos educadores. Não somente os pais. Todos nós estamos engajados na arte de educar”.
(Américo Marques Canhoto, médico de família, em seu livro “Educar para um mundo novo”)

A educação é a base de uma sociedade bem estruturada. E, família e escola devem contribuir, juntos, para essa formação.

Para um desenvolvimento adequado da criança, faz-se necessária a participação dos pais, no processo educativo dos seus filhos. A escola sozinha, não é suficiente.

A presença da família na escola, tanto na sua rotina escolar quanto na sua formação, contribui, significativamente, em seu desenvolvimento.

Família e escola devem trabalhar juntas, em equipe, com os mesmos critérios e objetivos, visando construir cidadãos equilibrados, capazes de enfrentar a nossa sociedade.

Desenvolver todas as potencialidades da criança, de uma forma criativa, além de seu desenvolvimento pleno, deve ser prioridade, tanto da família, quanto da escola. A criança é o elemento principal do processo educativo.

É parte ativa do processo. Portanto, é imprescindível a sua participação nas relações pais-alunos-professores.
A criança não é um pequeno adulto. Ela é vida. E, deve ser respeitada em todas as fases de seu desenvolvimento.

A boa educação oriunda da participação da família na escola, que irá embasá-la e capacitá-la para lidar com seu mundo interno, e com as pressões do mundo externo.

Existem várias técnicas e ações que os gestores podem, e, devem adotar para solidificar a participação da família na escola. Confira algumas dicas:

Estar aberto ao diálogo com os pais

É lógico, que, nesse tópico, devem ser estabelecidas algumas regras. Não a qualquer hora, nem em qualquer lugar.

Gestores e professores devem estabelecer critérios, como hora e lugar, caso seja um diálogo individual, fora da reunião de pais. Muitas escolas estão adotando aplicativos para o diálogo com os pais.

Detalhe, somente notificações breves e avisos urgentes. Para conversas mais longas, o ideal é que seja pessoalmente.

Engajar a família na escola com encontros

Criar eventos para os pais, juntamente com as crianças, é outra técnica que dá bons resultados. Haverá uma boa interação entre pais-professores-alunos, que, no dia-a-dia fica difícil acontecer.

A tradicional reunião de pais, sem dúvida, deve acontecer. No entanto, não mais aquelas longas reuniões, em que os pais, já cansados de sua jornada de trabalho, fatalmente, ficarão ainda mais exaustos.

Propor atividades diferentes, em cada reunião, para motivar a presença dos pais, é uma excelente solução.

As chamadas “rodas de conversa”, com a participação de um profissional, seja psicólogo, coach infantil, para esclarecer as principais dúvidas do processo educativo, em minha opinião, é a melhor alternativa.

Casos individuais, para se conversar sobre o desempenho de um aluno em especial, creio que, chamar os pais para uma conversa, é o ideal.

Desenvolver atividades pedagógicas que os pais participem

A participação dos pais nos deveres de casa incentiva a criança, que se sente valorizada, aumentando, assim, sua auto-estima. O interesse da família por suas atividades educativas e esportivas.

O interesse dos pais em relação ao progresso dos filhos na escola, em seu dia-a-dia. Tanto intelectuais, quanto comportamentais. Relatórios e orientações para os pais.

Todas são técnicas que professores e gestores podem se utilizar para promover a tão desejada aproximação entre pais e escolas.

Magdalena Barbera, Publicitária, Psicóloga Clínica e Escritora. Autora do livro “Conversando com os pais”.

A família, sem dúvidas, tem papel fundamental na construção do caráter e da personalidade de um indivíduo. Afinal, é no seio dela que as crianças têm o primeiro contato com a existência do outro, o que a faz desenvolver noções de afetivo e de solidariedade. Desse contexto, ainda, ela extrai relevantes princípios e valores éticos.

No entanto, a criança não está só nessa importante missão. A escola também tem destaque no processo de aprendizagem de seus alunos, uma vez que é responsável por proporcionar conhecimentos e permitir a convivência em coletividade, estimulando, assim, o respeito ao outro.

Dessa forma, ambos os contextos constituem pilares que sustentam o processo de formação de uma pessoa. Por esse motivo, é imprescindível que eles se relacionem da melhor maneira possível, com diálogo, harmonia e em complementaridade, pois todos saem ganhando.

Quer entender melhor por que a relação entre família e escola é tão importante? Então, confira 5 razões que demonstram isso.

Em seus primeiros anos de vida, o ser humano não tem ainda a capacidade de tomar suas próprias decisões e agir por si mesmo. Nesse sentido, tanto a família quanto a escola constituem relevantes alicerces para orientá-lo no desenvolvimento cognitivo e social.

E, para que o papel de cada uma seja exercido plenamente e um complemente o outro, é preciso que ambas trabalhem juntas nessa tarefa. Entenda as 5 razões para isso.

1. Melhor acompanhamento

Como mencionado, toda criança necessita de suporte para atividades do dia a dia, sendo que uma das principais delas é a escola. Porém, engana-se quem pensa que a responsabilidade disso se restringe aos professores, diretores ou outros funcionários. Para que ela consiga desenvolver o raciocínio e ter um aprendizado efetivo, é fundamental que seja empregado um esforço conjunto em prol dos pequenos.

Assim, pais e responsáveis devem se unir aos colaboradores da instituição de ensino, com o objetivo de proporcionar aos pequenos um melhor acompanhamento. Para isso, aqueles podem, no contexto doméstico, auxiliá-los na revisão dos conteúdos na realização de exercícios. Dessa maneira, será possível observar o desempenho das crianças de perto, conhecendo as facilidades e dificuldades e, posteriormente, repassá-las à instituição de ensino.

2. Aumento do esforço e rendimento

A desmotivação percebida em algumas crianças quanto a atividades escolares muitas vezes tem origem na falta de apoio e acompanhamento dos pais ou responsáveis. Logo, é importante estar atento a isso, e, ao perceber uma falta de estímulo, agir no intuito de convidá-los a participar da vida acadêmica dos filhos.

Reuniões ou apenas conversas mais informais sobre o assunto podem ser úteis para que sejam esclarecidas as razões e buscadas soluções para o caso. Isso demonstra o quanto a relação entre família e escola tem relevância no esforço e do rendimento dos pequenos.

Afinal, quando eles percebem essa união, e dela advêm amparo e estímulo, as chances de se interessarem e se dedicarem mais às tarefas escolares são maiores. Isso, com certeza, reflete positivamente no rendimento deles.

3. Conquista de melhores resultados

O aluno motivado e que pode contar com o apoio dos pais ou responsáveis, bem como de professores e diretores, naturalmente tende a se envolver mais com os estudos. Como consequência disso, o que se vê é a conquista de melhores resultados.

Tal situação também é resultado do trabalho coletivo dos educadores, que, ao identificarem alguma falha ou dificuldade, podem discutir juntos formas de resolução e orientarem o aluno. Assim, em meio a tantos fatores favoráveis, estudar passa a ser algo prazeroso e tirar boas notas acaba se tornando uma tarefa fácil.

4. Redução da indisciplina

A indisciplina de alguns alunos no contexto de sala de aula decorre, sim, da imaturidade em compreender a importância de aprender o que o professor tem a ensinar. No entanto, isso também pode ser resultado da falta de compreensão e de apoio nos ambientes escolar e doméstico.

A verdade é que as crianças precisam de atenção, e, não a tendo, podem acabar expressando essa necessidade por meio de atitudes reprováveis. Nesse contexto, uma boa relação entre a família e a escola é capaz de interromper esse ciclo. Ao se sentir acolhido e apoiado em suas atividades, em casa e na instituição de ensino, o aluno abandonará aquele comportamento e passará a ter mais foco, respeitando os momentos de aula.

5. Estímulo ao desenvolvimento cognitivo e social

É na infância que o desenvolvimento cognitivo ocorre de forma mais intensa. Isso porque, nesse período, o cérebro está em evolução, formando novas sinapses, ou seja, transmitindo impulsos nervosos entre neurônios intensamente. Também é nesse período que o indivíduo começa a compreender a existência do outro e aprende a conviver com as diferenças.

Portanto, é fundamental compreender isso e estimular esses aspectos. Tal pode ser feito em casa, a partir do incentivo a atividades lúdicas nos momentos de lazer, além da ajuda nas tarefas escolares, e pelo ensinamento sobre convivência e respeito ao outro. Gestos como esses ajudam a criança a ter um melhor desenvolvimento nos estudos e a respeitar os colegas e professores.

Como estreitar as relações com os pais dos alunos?

Depois de entender a importância do vínculo entre família e escola, uma dúvida pode surgir: como colocar isso em prática? Algumas atitudes simples, porém significativas, podem ajudar. Vale dizer que o objetivo deve ser sempre a aproximação com os pais ou responsáveis das crianças.

A tecnologia pode ajudar nisso. O uso de um aplicativo com recursos para troca de mensagens entre os tutores e a direção da escola, por exemplo, pode ser uma das maneiras de manter um contato constante entre eles. No entanto, embora seja eficiente, esse método de comunicação não deve ser o único.

Convidar os pais a participarem de reuniões, debates e exposições também é fundamental. Tal estratégia servirá para que eles conheçam, frequentem o ambiente escolar e participem das atividades ali desenvolvidas. Os alunos, ao perceberem esse envolvimento, terão o incentivo e o reconhecimento que toda criança precisa para cumprir suas tarefas.

Sendo assim, se, em um primeiro momento, a família é a fonte inicial de aprendizados na vida de uma criança, a fase escolar deve vir para complementar esse aprendizado. Para que isso seja possível, é imprescindível que se busque manter uma boa relação entre família e escola.

Como visto, a união entre esses dois aspectos tão relevantes na vida dos pequenos reflete no acompanhamento dispensado a eles, assim como no seu esforço e rendimento. Tudo isso converge para a melhora dos resultados e a redução da indisciplina do aluno. Como resultado de todos esses fatores, a maior beneficiada será a criança, que terá um desenvolvimento cognitivo e social saudável.

Para que essa relação entre família e escola ocorra de maneira natural e benéfica às partes envolvidas, estratégias de aproximação que utilizem da tecnologia a seu favor, mas sem abrir mão do contato físico, são fundamentais. Assim, com apoio e incentivo vindos das principais bases que sustentam a construção do indivíduo, o que se terá no futuro será um adulto responsável e consciente de seu papel no mundo.

Por falar em família, o relacionamento entre pais e filhos tem relevância no desenvolvimento das crianças. Saiba mais sobre o assunto!

Como deve ser a relação de família e escola?

A família é o primeiro universo que a criança tem contato, logo após é a escola, por isso ambas as instituições devem ter uma relação de confiança, pois é isso que a criança necessita para melhorar seu processo de aprendizagem.

Como deve ser a participação dos pais na escola?

A principal maneira de envolver os pais na vida escolar de seus filhos é pela parceria entre a família e a escola, pois elas são as principais referências para os alunos e a base para a sua formação humana e acadêmica.

O que é participação da família na escola?

O envolvimento dos pais no ambiente escolar proporciona segurança aos educandos, que se sentem acolhidos, encorajados e responsáveis por seus atos, que são observados e valorizados de perto.

Como desejamos a participação da família em nossa escola?

A família tem a função de complementar à formação do indivíduo, pois são os responsáveis diretos. No entanto a função de educar, de fornecer à educação formal é responsabilidade da escola, ou seja, ambas são co-responsáveis pela formação cognitiva, afetiva, social e da personalidade das crianças e adolescentes.