Quais as funções das proteínas do sistema complemento?

   

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?

DOEN�AS INFECCIOSAS

BACTERIOLOGIA IMUNOLOGIA MICOLOGIA PARASITOLOGIA VIROLOGIA

IMUNOLOGIA � CAP�TULO DOIS  

COMPLEMENTO 

Dr. Gene Mayer
Professor Emeritus
University of South Carolina School of Medine

Tradu��o:
PhD. Myres Hopkins

EM INGL�S

EM ESPANHOL

SHQIP - ALBAN�S

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DR MYRES HOPKINS

ESCOLA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DA CAROLINA DO SUL

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
  
Quais as funções das proteínas do sistema complemento?

OBJETIVOS

 Compreender os diferentes caminhos da ativa��o do complemento (C).

Conhecer os mecanismos enzim�ticos e n�o enzim�ticos da ativa��o do complemento

Conhecer as propriedades biol�gicas dos produtos da ativa��o do complemento

 Conhecer o significado do sistema C na resist�ncia do hospedeiro, inflama��o e danos ao pr�prio

Compreender os mecanismos de regula��o da ativa��o do complemento e seus produtos

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
  Jules Bordet  (1870-1961), descobridor do complemento   Biblioteca Nacional de Medicina

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
Figura 1
Etapas da ativa��o do complemento
 

FUN��ES DO COMPLEMENTO
 

Historicamente, o termo complemento (C) era usado para se referir a um componente  termo l�bil do soro que era capaz de lisar bact�ria (atividade destru�da (inativada) pelo aquecimento do soro a 56 graus C por 30 minutos). Entretanto, o complemento � hoje conhecido por contribuir para as defesas do hospedeiro tamb�m de outras maneiras. O complemento pode opsonizar bact�ria para uma melhor fagocitose; pode recrutar e ativar v�rias c�lulas incluindo c�lulas polimorfonucleares (PMNs) e macr�fagos; pode participar na regula��o de respostas de anticorpos e pode auxiliar na elimina��o de complexos imunol�gicos e c�lulas apopt�ticas. Complemento tamb�m tem efeitos detrimentais para o hospedeiro; contribui para inflama��o e danos tissulares e pode disparar anafilaxia.

O complemento compreende mais de 20 prote�nas s�ricas diferentes (ver Tabela 1) que s�o produzidas por uma variedade de c�lulas incluindo, hepat�citos, macr�fagos e c�lulas epiteliais do intestino. Algumas prote�nas do complemento ligam-se a imunoglobulinas ou a componentes de membrana das c�lulas. Outras s�o proenzimas que, quando ativadas, clivam uma ou mais outras prote�nas do complemento. Com a clivagem algumas das prote�nas do complemento liberam fragmentos que ativam c�lulas, aumentam a permeabilidade vascular ou opsonizam bact�ria.


 

Tabela 1. Prote�nas do sistema Complemento

Via Cl�ssica

Via da Lectina

Via Alternativa

Via L�tica

Prote�nas de ativa��o:

C1qrs, C2, C3, C4

Prote�nas de Controle:

C1-INH, C4-BP

Prote�na de liga��o � manana (MBP), protease manana-associada a serina (MASP, MASP2) C3, Fatores B & D*, Properdina (P) Fatores I* & H, fator acelerador  de decaimento  (DAF), Receptor de complemento 1(CR1), etc.

C5, C6, C7, C8, C9

Prote�na S

Componentes sublinhados adquirem atividade enzim�tica quando ativados.

Componentes marcados com um asterisco t�m atividade enzim�tica na sua forma inativa.

 

VIAS DE ATIVA��O DO COMPLEMENTO

A ativa��o do complemento pode ser dividida em quatro vias (figura 1): a via cl�ssica, a via da lectina, a via alternativa e a via do ataque � membrana (ou via l�tica). Ambas as vias cl�ssica e alternativa levam � ativa��o da C5 convertase e resulta na produ��o de C5b que � essencial para a ativa��o da via do ataque � membrana.

FILME
Ativa��o do Complemento e Fun��es Biol�gicas 
Alta Resolu��o Quicktime 
Baixa Resolu��o Quicktime

� Scott R. Barnum, Universidade do Alabama, Birmingham, Ala., USA and
The MicrobeLibrary

CGAP
Vias do complemento com mais detalhes da CGAP/Biocarta

VIA CL�SSICA (Figura 2)

Ativa��o de C1
C1, uma prote�na multi-subunit�ria contendo tr�s prote�nas diferentes (C1q, C1r e C1s), liga � regi�o Fc das mol�culas de anticorpo IgG e IgM que interagiram com ant�geno. A liga��o de C1 n�o ocorre a anticorpos que n�o se complexaram com ant�geno e a liga��o requer �ons c�lcio e magn�sio.  (N.B.  Em alguns casos C1 pode ligar a imunoglobulinas agregadas [ex. agregados de IgG] ou a certas superf�cies em pat�genos na aus�ncia de anticorpo). A liga��o de C1 a anticorpo � via C1q e esta prote�na deve realizar liga��o cruzada com pelo menos duas mol�culas de anticorpo para ser firmemente fixada. A liga��o de C1q leva � ativa��o de  C1r que por sua vez ativa C1s.  O resultado � a forma��o de uma �C1qrs� ativada, que � uma enzima que cliva C4 em dois fragmentos C4a e C4b. 

Ativa��o de C4 e C2 (gera��o de C3 convertase)
O fragmento C4b liga-se � membrana e o fragmento  C4a � liberado no microambiente. �C1qrs� ativada tamb�m cliva C2 em C2a e C2b.  C2a liga-se � membrana em associa��o com C4b, e C2b � liberada no microambiente. O complexo resultante C4bC2a � uma C3 convertase, que cliva C3 em C3a e C3b. 

Ativa��o de C3 (gera��o de C5 convertase)
C3b liga-se � membrana em associa��o com C4b e C2a, e C3a � liberada no microambiente. O C4bC2aC3b resultante � uma C5 convertase.  A gera��o de C5 convertase � o fim da via cl�ssica. 

      Alguns dos produtos da via cl�ssica t�m atividades biol�gicas potentes que contribuem para as defesas do hospedeiro. Alguns desses produtos tamb�m t�m efeitos detrimentais se produzidos de maneira n�o regulada. Tabela 2 sumariza as atividades biol�gicas dos componentes da via cl�ssica.  

Tabela 2.  Atividade Biol�gica dos produtos da via cl�ssica

Componente Atividade Biol�gica
C2b Procinina; clivada pela plasmina para liberar cinina, que resulta em edema
C3a Anafilotoxina; pode ativar bas�filos e mast�citos induzindo sua degranula��o resultando no aumento da permeabilidade vascular e contra��o das c�lulas da musculatura lisa, levando � anafilaxia
C3b

Opsonina; promove fagocitose pela liga��o a receptores do complemento

Ativa��o de c�lulas fagocit�rias
C4a Anafilotoxina (mais fraca que C3a)
C4b Opsonina; promove fagocitose pela liga��o a receptores do complemento

        
Se a via cl�ssica n�o for regulada poder� haver produ��o cont�nua de C2b, C3a, e C4a. Desse forma, deve haver uma maneira de regular a atividade da via cl�ssica. Tabela 3 sumariza as maneiras pelas quais a via cl�ssica � regulada. 
 

Tabela 3.   Regula��o da Via Cl�ssica

Componente Regula��o
Todos C1-INH; dissocia C1r e C1s de C1q
C3a CInativador C3a (C3a-INA; Carboxipeptidase B); inactiva C3a
C3b Fatores H e I; Fator H facilita a degrada��o de C3b pelo Fator I
C4a C3-INA
C4b Prote�na ligadora de C4 (C4-BP) e Fator I; C4-BP facilita a degrada��o de C4b pelo Fator I; C4-BP tamb�m previne a associa��o de C2a com C4b bloqueando assim a forma��o da C3 convertase

      A import�ncia de C1-INH na regula��o da via cl�ssica � demonstrada pelo resultado de uma defici�ncia neste inibidor. Defici�ncias de C1-INH est�o associadas com o desenvolvimento de angioedema heredit�rio.

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
A.  Gera��o da C3 convertase na via cl�ssica

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
B Gera��o da C5 convertase na via cl�ssica

 C
Ativa��o de C3 pela via cl�ssica

Figura 2

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Figura 3 Via iniciada pela lectina

VIA DA LECTINA


A via da lectina (figura 3) � muito similar � via cl�ssica. Ela � iniciada pela liga��o da lectina ligadora a manose (MBL) a superf�cies bacterianas com polissacar�deos (mananas) contendo manose. A liga��o de MBL a um pat�geno resulta na associa��o de duas proteases de serina, MASP-1 e MASP-2 (MBL-proteases associadas a serina). MASP-1 e MASP-2 s�o similares a C1r e C1s, respectivamente e MBL � similar a C1q. A forma��o do complexo tri-molecular MBL/MASP-1/MASP-2 resulta na ativa��o das MASPs e subseq�ente clivagem de C4 em C4a e C4b. O fragmento C4b liga � membrana e o fragmento C4a � liberado no microambiente. MASPs ativadas tamb�m clivam C2 em C2a e C2b. C2a liga � membrana em associa��o com C4b e C2b � liberada no microambiente. O complexo C4bC2a resultante � a C3 convertase, que cliva C3 em C3a e C3b. C3b liga-se � membrana em associa��o com C4b e C2a e C3a � liberada no microambiente. O C4bC2aC3b resultante � a C5 convertase. A gera��o da C5 convertase � o fim da via da lectina.

As atividades biol�gicas e prote�nas reguladoras da via da lectina s�o as mesmas da via cl�ssica.

 Figura 4 Ativa��o espont�nea de C3

VIA AlternativA
A via alternativa come�a com a ativa��o de C3 e requer Fatores B e D e c�tions Mg++ , todos presentes no soro normal.

Circuito de amplifica��o da forma��o de C3b (Figura 4)
No soro h� um baixo n�vel de hidr�lise espont�nea de C3 para produzir C3i. O fator B liga-se a C3i e se torna suscept�vel ao Fator D, que cliva o Fator B em Bb. O complexo C3iBb age como uma C3 convertase e cliva C3 em C3a e C3b. Uma vez formado C3b, o Fator B ligar-se-� a ele e tornar-se-� suscept�vel � clivagem pelo Fator D. O complexo C3bBb resultante � uma C3 convertase que continuar� a gerar mais C3b, amplificando assim a produ��o de C3b. Se este processo continuar sem parar, o resultado seria o consumo de todo o C3 do soro. Dessa forma, a produ��o espont�nea de C3b est� estreitamente controlada.
 
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  Figura 5
Regula��o de C3 ativada pelo DAF

Quais as funções das proteínas do sistema complemento?
 Figura 6  Regula��o de C3 ativada pelo Cr1 

 Figura 7  Estabiliza��o da C3 convertase

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 Figura 8
C5 convertase etabilizada pela via alternativa
 

Controle do circuito de amplifica��o (Figuras 5 e 6)
Como C3b espontaneamente produzida liga-se a membranas hospedeiras aut�logas, este interage com DAF (fator de acelera��o de decaimento), que bloqueia a associa��o do Fator B com C3b prevenindo dessa maneira a forma��o de C3 convertase adicional. Al�m disso, DAF acelera a dissocia��o de Bb de C3b na C3 convertase que foi formada, parando dessa maneira a produ��o de C3b adicional. Algumas c�lulas possuem o receptor de complemento 1 (CR1). A liga��o de C3b a CR1 facilita a degrada��o enzim�tica de C3b pelo Fator I. Al�m disso, a liga��o da C3 convertase (C3bBb) a CR1 tamb�m dissocia Bb Fo complexo. Dessa maneira, em c�lulas possuidoras de receptores do complemento, CR1 tamb�m exerce papel no controle do circuito de amplifica��o. Finalmente, Fator H pode ligar a C3b ligado a uma c�lula ou na fase fluida e facilita a degrada��o enzim�tica de C3b pelo Fator I. Dessa forma, o circuito de amplifica��o � controlado pelo bloqueio da forma��o da C3 convertase, dissocia��o da C3 convertase, ou pela digest�o enzim�tica de C3b. A import�ncia do controle desse circuito de amplifica��o � ilustrada em pacientes com defici�ncias gen�ticas do Fator H ou I. Esses pacientes t�m uma defici�ncia de C3 e elevada susceptibilidade a certas infec��es.

Estabiliza��o da C convertase por superf�cies ativadoras (protetoras) (Figura 7)
Quando ligado ao ativador apropriado da via alternativa, C3b liga-se ao Fator B, que � clivado enzimaticamente pelo Fator D para produzir C3 convertase (C3bBb). Entretanto, C3b � resistente � degrada��o pelo Fator I e a C3 convertase n�o � rapidamente degradada, uma vez que � estabilizada pela superf�cie ativadora. O complexo � subseq�entemente estabilizado pela liga��o da properdina a C3bBb. Ativadores da via alternativa s�o componentes na superf�cie de pat�genos e incluem: LPS de bact�ria Gram-negativa e as paredes celulares de algumas bact�rias e leveduras. Dessa forma, quando C3b liga-se a uma superf�cie ativadora, a C3 convertase formada torna-se est�vel e continua a gerar mais C3a e C3b pela clivagem de C3.

Gera��o da C5 convertase (Figura 10)
Algumas das C3b geradas pela C3 convertase estabilizada na superf�cie ativadora se associam com o complexo C3bBb para formar um complexo C3bBbC3b. Este � a C5 convertase da via alternativa. A gera��o de C5 convertase � o fim da via alternativa. A via alternativa pode ser ativada por muitas bact�rias Gram-negativas (sendo as mais significativas a Neisseria meningitidis e N. gonorrhoea), algumas Gram-positivas e certos v�rus e parasitas, e resulta na lise desses organismos. Dessa forma, a via alternativa de ativa��o do C proporciona outro meio de prote��o contra certos pat�genos antes da montagem de uma resposta por anticorpo. A defici�ncia de C3 resulta em uma susceptibilidade aumentada a esses organismos. A via alternativa deve ser uma via mais primitiva e as vias cl�ssica e da lectina provavelmente teriam se desenvolvido a partir da via alternativa.
 

   
 
Lembrem-se de que a via alternativa proporciona um meio de resist�ncia n�o espec�fica contra infec��o sem a participa��o de anticorpos e, portanto fornece a primeira linha de defesa contra uma variedade de agentes infecciosos.

Muitas bact�rias gram negativas e algumas gram positivas, certos v�rus, parasitas, c�lulas vermelhas heter�logas, agregados de imunoglobulinas (particularmente IgA) e algumas outras prote�nas (ex. proteases, produtos da via de coagula��o) pode ativar a via alternativa. Uma prote�na, o fator do veneno da cobra (CVF), tem sido extensivamente estudada pela sua habilidade de ativar esta via.

 Figura 9 Via l�tica

VIA DO ATAQUE � MEMBRANA (L�TICA) (figura 9)

A C5 convertase das vias cl�ssica (C4b2a3b), da lectina (C4b2a3b) ou alternativa (C3bBb3b) cliva C5 em C5a e C5b. C5a permanece na fase fluida e C5b se associa rapidamente com C6 e C7 e se insere na membrana. Subsequentemente C8 liga-se, seguido por algumas mol�culas a C9. As mol�culas C9 formam um poro na membrana atrav�s do qual os conte�dos celulares vazam e ocorre a lise. A lise n�o � um processo enzim�tico; acredita-se que seja devido ao dano f�sico � membrana. O complexo consistindo em C5bC6C7C8C9 � referido como complexo de ataque � membrana (MAC).

C5a gerado na via l�tica tem v�rias e potentes atividades biol�gicas. � a mais potente anafilotoxina. Al�m disso, � um fator quimiot�ctico para neutr�filos e estimula a queima respirat�ria neles e estimula a produ��o de citocina inflamat�ria pelos macr�fagos. Sua atividade � controlada pela inativa��o pela carboxipeptidase B (C3-INA).

Alguns dos complexos C5b67 formados podem se dissociar da membrana e entrar na fase fluida. Se for isso o que acontece ent�o ele pode se ligar a outras c�lulas vizinhas e provocar sua lise. A les�o a c�lulas das vizinhan�as � impedida pela Prote�na S (vitronectina). Prote�na S liga-se ao C5b67 sol�vel e impede sua liga��o a outras c�lulas.

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Figura 10 Regula��o de C1rs (C4 convertase) pelo C1-INH
PRODUTOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS DA ATIVA��O DO COMPLEMENTO

Ativa��o do complemento resulta na produ��o de v�rias mol�culas biologicamente ativas que contribuem para a resist�ncia,  anafilaxia e inflama��o.

Produ��o de Cinina
C2b gerada durante a via cl�ssica da ativa��o do C � uma procinina que torna-se biologicamente ativa ap�s altera��o enzim�tica pela plasmina. A produ��o excessiva de C2b � impedida pela ativa��o limitada de C2 pelo inibidor C1 (C1-INH) tamb�m conhecido como serpina que desacopla C1rs do complexo C1qrs (Figura 10). Uma defici�ncia gen�tica de C1-INH leva � superprodu��o de C2b e � a causa do edema angioneur�tico. Esta condi��o pode ser tratada com Danazol que promove a produ��o de C1-INH ou com �cido ε-amino capr�ico que diminui a atividade da plasmina.
Anafilotoxinas
C4a, C3a e C5a (em ordem crescente de atividade) s�o todas as anafilotoxinas que causam degranula��o celular de bas�filos/mast�citos e contra��o de c�lulas da musculatura lisa. Efeitos indesej�veis desses pept�dios s�o controlados pela carboxipeptidase B (C3a-INA).

Fatores Quimiot�cticos
C5a e MAC (C5b67) s�o ambos quimiot�cticos. C5a � tamb�m um potente ativador de neutr�filos, bas�filos e macr�fagos e causam indu��o de mol�culas de  ades�o nas c�lulas endoteliais vasculares.

Opsoninas
C3b e C4b na superf�cie de microrganismos se encaixam no receptor do C (CR1) em c�lulas fagocit�rias e promovem fagocitose.

Outros produtos biologicamente ativos da ativa��o do C
Os produtos de degrada��o de C3 (iC3b, C3d e C3e) tamb�m se ligam a c�lulas diferentes atrav�s de receptores distintos e modulam suas fun��es.

Em resumo, o sistema do complemento toma parte na resist�ncia espec�fica e n�o espec�fica e gera uma variedade de produtos de signific�ncia biol�gica e patofisiol�gica (Tabela 4).

H� defici�ncias gen�ticas conhecidas para a maioria dos componentes individuais do complemento, mas a defici�ncia de C3  � mais s�ria e fatal. Defici�ncias do complemento podem ocorrer em doen�as imunes complexas como o l�pus eritematoso sist�mico (SLE) e infec��es bacterianas, virais e parasit�rias agudas e cr�nicas.

   
 

Tabela 4.  Atividades dos Produtos de Ativa��o do Complemento e seus Fatores de Controle

Fragmento Atividade Efeito Fator (ES) de Controle
C2a Procinina, ac�mulo de fluidos Edema C1-INH
C3a Degranula��o de bas�filos e mast�citos; aumento da permeabilidade vascular, contra��o da musculatura lisa Anafilaxia C3a-INA
C3b Opsonina, ativa��o de c�lula fagocit�ria Fagocitose Factores H e I
C4a Degranula��o de bas�filo e mast�cito; aumento da permeabilidade vascular, contra��o da musculatura lisa

Anafilaxia

(menos potente)

C3a-INA
C4b Opsonina Fagocitose C4-BP e Fator I
C5a Degranula��o de bas�filo e mast�cito; aumento da permeabilidade vascular, contra��o da musculatura lisa

Anaphylaxis

(most potent)

C3a-INA
Quimiotaxia, estimula��o da queima respirat�ria, ativa��o de c�lulas fagocit�rias, estimula��o de citocinas inflamat�rias Inflama��o
C5bC6C7 Quimiotaxia Inflama��o Prote�na S (vitronectina)
Liga-se a outras membranas Danos de tecido

Voc� aprendeu

 As prote�nas do sistema complemento

As diferen�as e semelhan�as entre as diferentes vias de ativa��o de C3

O significado das diferentes vias na imunidade espec�fica e n�o espec�fica

O papel dos diferentes produtos de ativa��o do complemento na amplifica��o da imunidade n�o espec�fica e espec�fica e na inflama��o

Tabela 5.  Defici�ncias do complemento e doen�a

Via/Componente Doen�a Mecanismo

Via Cl�ssica

 
   C1INH Angioedema heredit�rio Superprodu��o de C2b (procinina)
  C1, C2, C4 Predisposi��o ao  SLE Opsoniza��o de complexos imunes ajuda a mant�-los sol�veis, a defici�ncia resulta no aumento da precipita��o em tecidos e inflama��o

Via da Lectina

 
MBL Susceptibilidade a infec��es bacterianas em beb�s ou imunodeprimidos Inabilidade de iniciar a via da lectina

Via Alternativa

 
  Fatores B ou D Susceptibilidade a infec��es bacterianas piog�nicas (formadoras de pus) Insufici�ncia de opsoniza��o da bact�ria
  C3 Susceptibilidade a infec��es bacterianas Aus�ncia de opsoniza��o e inabilidade de utilizar a via do ataque � membrana
  C5, C6, C7 C8, e C9 Susceptibilidade a infec��es Gram-negativas Incapacidade de atacar a membrana externa de bact�ria Gram-negativa
Properdina (ligada ao X) Susceptibilidade a meningite meningoc�cica Aus�ncia de opsoniza��o da bact�ria
Fatores H ou I Defici�ncia de C3 e susceptibilidade a infec��es bacterianas Ativa��o descontrolada de C3 pela via alternativa em deple��o de C3

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Quais são as proteínas do sistema complemento e suas funções?

O Sistema Complemento é composto por proteinas plasmáticas / séricas pertencentes às frações gama, beta e alfa globulinas por causa do seu comportamento de migração na eletroforese de proteínas do soro. Não há formação do complexo Ag-Ac. Pode ser ativada pelas C3b ou C3.

Quais são as principais funções do sistema complemento?

Funções do sistema complemento O SC participa da fagocitose, opsonização, quimiotaxia de leucócitos, liberação de histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas de oxigênio pelos leucócitos, vasoconstrição, contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade dos vasos, agregação plaquetária e citólise.

O que é proteínas do complemento?

O complemento é um sistema de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas diretamente por patógenos ou indiretamente através de anticorpos ligados a patógenos, levando a uma cascata de reações que acontecem na superfície do patógeno e gera componentes ativos com várias funções efetoras.

Quantas são as proteínas envolvidas no sistema complemento?

Definição:- é um conjunto formado na sua maior parte de cerca de 30 proteínas plasmáticas ou séricas, sintetizadas por hepatócitos e por macrófagos que podem ser ativadas através de 3 diferentes vias, com reações sequenciais ou em cascata, i.e., cada componente ativado é capaz de ativar um outro componente do sistema ...