Qual o tipo de agricultura traz menos impacto para o meio ambiente?

Os produtores brasileiros têm buscado diversificar o mercado, melhorar a qualidade dos produtos, utilizar melhor a capacidade instalada, além de procurar formas de incorporar tecnologias para maximizar a rentabilidade e reduzir os custos operacionais. Para isso, é fundamental conhecer as práticas sustentáveis na agricultura.

A sustentabilidade deve ser ativa, pois esse requisito já faz parte das exigências dos clientes. Nesse cenário, também é importante ter visão estratégica para além do unilateral, focando apenas no lado econômico. A atenção ao meio ambiente e à sociedade é um fator diferenciado, que melhora o desempenho financeiro dos agricultores, gerando boas vantagens competitivas.

Pensando nisso, preparamos este artigo para que você conheça as principais práticas sustentáveis na agricultura e os benefícios dessa atividade. Boa leitura!

Práticas sustentáveis na agricultura

Conheça, a seguir, as principais práticas sustentáveis na agricultura, suas características e a importância de cada uma delas.

1. Manejo de pastos

Quando bem manejados, os pastos proporcionam boa proteção ao solo contra a erosão. No entanto, o manuseio incorreto pode causar um grave problema do ponto de vista conservacionista. Para evitar que isso aconteça, é possível usar um sistema de pastoreio rotativo, com uso de piquetes, e fazer as adubações e ressemeaduras periódicas.

Isso assegura a manutenção do pasto com cobertura e densidade capazes de garantir suporte razoável ao gado, além de boa proteção contra a erosão do solo. A integração lavoura-pecuária é uma alternativa muito usada atualmente e consiste em conciliar a produção de grãos com a pecuária em uma mesma área. Assim, a propriedade os custos de produção reduzem, aumentando o lucro.

2. Adubação

Essa técnica consiste na inclusão de plantas especialmente cultivadas para essa finalidade, restos de ervas daninhas ao solo ou vegetação forrageira. Essa é uma das maneiras mais acessíveis e baratas de se repor a matéria orgânica no solo, aperfeiçoando suas características físicas e promovendo os processos.

O uso da adubação verde possibilita o aumento na infiltração e da retenção de água no solo. Isso é fundamental do ponto de vista conservacionista, além de melhorar a fertilidade da superfície. Nesse caso, as plantas forrageiras são as mais indicadas porque podem ser aproveitadas como leguminosas pelos animais, e também são responsáveis pela fixação de nitrogênio no solo.

Já a adubação orgânica, química e a calagem são importantes para repor com frequência os nutrientes retirados pelas plantações. Assim, é possível manter um bom nível desses elementos, evitando que o solo pobre cause a queda de rendimento da lavoura e, consequentemente, a diminuição no grau de proteção da superfície.

3. Controle das queimadas

As queimadas são muito utilizadas para a limpeza de áreas recém-desbravadas, mas essa prática deve ser condenada, pois causa muitos prejuízos — como a volatilização do nitrogênio e a destruição da matéria orgânica, o que reduz a fertilidade do solo. Locais submetidos a queimadas sucessivas ficam cada vez mais pobres, causando a degradação da superfície.

4. Reflorestamento

Solos com alta suscetibilidade à erosão e baixa fertilidade devem ser preenchidos com vegetação densa e permanente. As florestas, por exemplo, são indicadas para recuperar solos erodidos ou degradados, bem como para a proteção de cursos d’água e mananciais.

Essa cobertura é um ótimo empreendimento econômico para solos com restrições para cultivo de culturas anuais, pois pode ser utilizada racionalmente para a produção de celulose, madeira, carvão etc. Como regra, áreas sem capacidade agrícola ou pecuária devem ser reflorestadas para fins de conservação, de acordo com regras definidas no Código Florestal.

5. Integração lavoura-pecuária-floresta

Essa técnica combina o cultivo de grãos, espécies arbóreas comerciais e forrageiras com a criação de animais em um mesmo local, de forma sequencial ou simultânea, além do uso sustentável do solo. O sistema permite a máxima produção de fibras, alimentos e energia por unidade de área.

A integração lavoura-pecuária-floresta traz como principais vantagens:

  • recuperação de pastagens degradadas;
  • melhor infiltração de água da chuva no solo;
  • maior retenção de água no solo;
  • boa produção de forragem nas entressafras;
  • ciclagem de nutrientes;
  • conforto térmico, proporcionando bem-estar animal;
  • variação de atividades na propriedade;
  • diminuição dos riscos de mercado e climáticos;
  • aumento na renda do produtor;
  • redução do sequestro de carbono e da emissão de gases de efeito estufa.

6. Descarte correto das embalagens

É importante fazer o descarte correto das embalagens vazias dos defensivos agrícolas usados na agricultura. O produtor deve lavar (lavagem de alta pressão ou tríplice lavagem), inutilizar os recipientes e entregar a um local de recebimento indicado pelo revendedor na nota fiscal. A indústria deve recolher as embalagens nas unidades e dar a correta finalização (reciclagem ou incineração).

7. Rotação de culturas

É o revezamento de culturas em uma certa área agrícola. O objetivo dessa prática é aproveitar melhor a fertilidade do solo pela diferente escavação das raízes, a diversidade biológica, a melhoria da drenagem e o controle de doenças e pragas.

Ao definir as culturas que participarão do sistema de rotação, é necessário considerar diversos fatores: topografia, condições do solo, mão de obra, clima, implementos agrícolas disponíveis, mercado consumidor disponível e características das plantas.

Vantagens de adotar essas práticas

Cada vez mais as pessoas estão prestando atenção na procedência e na qualidade dos alimentos que chegam à mesa. A procura por opções orgânicas ou provenientes de agroflorestas, por exemplo, tem se tornado ainda mais constante de acordo com a percepção de que esses alimentos são mais saudáveis.

Isso é bom tanto para o consumidor quanto para o produtor. Adotar práticas sustentáveis na agricultura ajuda não só a cooperar para um mundo com mais qualidade de vida, mas garante alimentos com maior valor agregado.

Confira alguns benefícios diretos que essas práticas, quando aplicadas de forma correta, geram para o agricultor:

  • ganho de competitividade;
  • mais visibilidade no mercado;
  • redução dos gastos;
  • mais produtividade;
  • respeito às normas ambientais;
  • melhoria na qualidade do solo, na gestão da água e na vida no campo;
  • aumento da diversidade nas lavouras e do valor agregado do produto;
  • diversificação da biodiversidade local.

A sustentabilidade já é uma necessidade. Nesse sentido, adotar práticas sustentáveis na agricultura vai muito além da escolha de proteger o meio ambiente. Essa atitude implica na redução de custos de produção, o que se reflete no valor final dos produtos e no fortalecimento do negócio.

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Qual é o tipo de agricultura que prejudica menos o meio ambiente?

Estudos e criação de técnicas que buscam diminuir os impactos ao meio ambiente são cada vez mais comuns, como o reúso da água na agricultura e o incentivo à produção de alimentos e matéria-prima por meio da agricultura orgânica, além do incentivo à utilização de fertilizantes e defensivos biológicos.

Qual é o tipo de agricultura que se preocupa com o meio ambiente?

A agricultura sustentável é uma forma de cultivo que respeita mais o meio ambiente, além de reduzir custos e elevar a produtividade. A busca por uma vida saudável pressupõe, entre outras condições, o consumo de produtos de boa qualidade.

Qual o impacto da agricultura no meio ambiente?

A atividade agrícola pode ter efeitos significativos no meio ambiente. Entre os impactos negativos, destacam-se a poluição e a degradação do solo, da água e do ar. No entanto, a agricultura também pode ter impactos positivos, por exemplo, prendendo gases de efeito estufa dentro de safras e solos.

Qual melhor sistema agrícola?

Dos sistemas agrícolas, o extensivo é o mais familiar, pois pode ser aplicado com técnicas rudimentares, além de apresentar baixa produtividade.