Qual sistema é desenvolvido na vizinhança de universidades e institutos públicos de pesquisa?

Introdução

O crescimento econômicodos países desenvolvidos através do investimento em inovação tecnológica tem sido verificado a partir de meadosdo século XX, conforme evidenciadonos relatórios do Global Innovation Index (Cornell University et al.,2015) e World Economic Forum (WEF, 2016). Esta situação está atrelada à criação de novas tecnologias e do papel desempenhado pelas pequenase médias empresas nageração de emprego e renda,através do empreendedorismo em alta tecnologia. (Inzelt, 2004; Etzkowitz et al., 2005; Kwon et al., 2012).

O papel de atores institucionaistais como a universidade,as empresas e os governos em estimular a inovação têm sido salientados por meio da literatura sobre sistemas nacionaisde inovação (Nelson e Winter,1982; Freeman, 1989; Lundvall,1992; Edquist, 1997), sistemas regionais de inovação (Cooke, 2001; Malerba, 2002; Malerbae Nelson, 2012) bem como, no modelo da hélice tríplice (Etzkowitz e Leydesdorff, 2000).

Estas abordagens teóricas salientam que determinados fatores, atores e natureza das interações, bem como a interdependência entre instituições, são importantes no crescimento econômico das nações. São orientadas a partir da visãode Schumpeter (1998), onde ainovação é considerada como fator chave do crescimento econômico. Esta literatura considera que o desenvolvimento econômico pode estar relacionado pe los arranjos institucionais entre universidades,empresas e governo.

As economias emergentes e em desenvolvimento tem buscado estimular por meio de políticas públicas o processode inovação. No Brasil, a política de inovação é um elemento novo na agenda de política pública. Foi introduzida com a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) implementada de 2003 - 2006, sendo um dos principais marcos a aprovaçãoda Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, denominada‘ Lei da Inovação’ quereflete a necessidade do paíscontar com dispositivos legaiseficientes que contribu ampara o delineamento de umcenário favorável ao desenvolvimento científico, tecnológicoe a o incentivo à inovação(MCTI, 2012). Após esta iniciativaos governos estaduais também aprovaram leis de conteúdo semelhantes para permitir o uso de recursos públicos pe las empresas em projetos de inovação. Desde então, esta política públicaconsolidouse fazendo partede três planos de sucessivosdo governo federal e de governos estaduais.

Para Viotti (2008) as políticas de desenvolvimento no Brasil e a inserção da política de P&D e de Inovação neste contexto podem ser dividida sem três grandes períodos cujos principais aspectos são:1) anos 50 - 80, desenvolvimento pelo crescimento, onde aênfase das políticas públicas privilegiava a substituição de importações; 2) décadas 80 e 90, desenvolvimento pela eficiência-absorção, adaptação edifusão de tecnologia importada, por meio de licenças eoutros acordos, seja na tecnologia incorporada em máquinas, equipamentos e sistemas; e 3) a partir dos anos 2000: desenvolvimento pela inovação, sendo a inovação o objetivoda política científica e tecnológica.

Uma diferenciação do Sistema de Inovação Brasileiro frente a outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é que o foco da inovação, particularmente em áreas de alta tecnologia,está na universidademais do que nas empresas (Póvoa 2008). O Sistema de Inovação no Brasil é menos desenvolvido do de outros paí­ses, mesmo considerando os avanços consideráveis dos últi­mos anos (Fernandes et al., 2010), e esta trajetória é lenta com uma produtividade relati­vamente pequena no que tange à produção científica e tecnoló­gica (Ribeiro et al., 2009).

No último levantamento do nível de inovação da indústria no Brasil a taxa de inovação é de 35,7%, considerandose um universo de 132.529 empresas com dez ou mais pessoas ocu­padas. Deste total, verificase que a maioria das empresas re­alizou inovação apenas nos pro­cessos internos (18,2%), sendo citado majoritariamente a subs­tituição de máquinas e equipa­mentos, em seguida têmse aquelas que inovaram tanto em produto quanto em processos (14.5%), sendo que apenas (3,9%) realizaram inovação ape­nas em produtos. Levandose em conta os setores econômicos observase que no setor de ser­viços 32,4% das empresas realizaram algum tipo de ativi­dade inovativa, enquanto na indústria esta taxa é de 36,4% (IBGE/PINTEC, 2016). No Global Innovation Index (GII) o Brasil está na 69a posição entre 128 países (Cornell University et al., 2014).

Neste quadro, quando o nú­mero de empresas que desen­volvem atividades voltadas para a inovação é ainda peque­no, as incubadoras e parques tecnológicos possuem um papel estratégico importante na busca por novos produtos/serviços inovadores. As incubadoras no Brasil surgiram de forma bot­tonup (Etzkowitz et al., 2005) a partir de 1987 e apenas fo­ram inseridas nas políticas pú­blicas de C&T no Brasil quan­do já haviam 60 incubadoras criadas nas maiores universida­des do país.

Segundo a pesquisa realiza­da pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) em parceria com o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) relatase em 2016 a presença de 369 incubadoras de empre­sas que são responsáveis por 2.310 empresas incubadas e 2.815 empresas graduadas, ge­rando 53.280 empregos diretos, resultando em um faturamento estimado anual de R$ 15.259.073.147,86 (Anprotec, 2016) e 88 parques tecnológi­cos entre aqueles em operação (28) e os demais em planeja­mento ou execução de obras. As 939 empresas instaladas geram 32.200 empregos diretos (MCTI, 2014).

O objetivo deste artigo é avaliar o processo de préincu­bação de empresas de base tecnológica em duas unidades de estudo no estado de São Paulo, apresentando o ponto de vista dos empreendedores e gestores das incubadoras de empresas de base tecnológica. Especificamente, buscase iden­tificar os aspectos relevantes para o sucesso dos empreende­dores na fase de préincubação. Para tal, foram escolhidas duas instituições como unidades de análise. A escolha por institui­ções do estado de São Paulo devese ao fato deste ter sido incluído no relatório do GII (Cornell University et al, 2014) que identificou vinte ecossiste­mas de startups no mundo, lo­calizados em doze países, sen­do cinco destes localizados em mercados emergentes, incluin­do Singapura, Moscou (Rússia), Bangalore (Índia), São Paulo (Brasil) e Santiago (Chile).

A seção seguinte apresenta o referencial teórico utilizado e subseqüêntemente tratase da metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa. Depois apresentase os resulta­dos e discussões das entrevistas com os gestores e empreendedo­res do parque tecnológico e in­cubadoras pesquisados e, final­mente, conclusões da pesquisa.

Referencial Teórico

A revisão da literatura abrange quatro grandes temas: inovação tecnológica, a relação entre a inovação tecnológica e a competitividade, o modelo da hélice tríplice, e os instrumen­tos de apoio a inovação: par­ques tecnológicos e incubado­ras de empresas de base tecnológica.

Inovação Tecnológica

A inovação tecnológica esta sendo tratada como diferencial competitivo para o desenvolvi­mento econômico das nações, em alguns casos sendo invoca­da como estratégia competitiva, segundo dados do WEF (2016).

Na década de 60 foi criada a OCDE, que contava com 30 países neste período. Por meio dessa organização foram desen­volvidos diversos instrumentos avaliativos e comparativos, in­clusive indicadores das políti­cas públicas de ciência e tecno­logia nos países membros.

O aumento da inflação, cres­cimento baixo do produto in­terno bruto (PIB), volatilidade de mercados e aumento da de­sigualdade social, são algumas das causas prováveis que con­tribuíram para que a inovação pudesse se tornar um diferen­cial competitivo (Sennes e Brito Filho, 2011).

A política pública de estímu­lo à inovação pode ser conside­rada como uma ação pública que em decorrência do desen­volvimento e da difusão de inovações, tanto de produto como de processo, e seus re­sultados podem ser estendidos tanto no campo econômico, quanto do ponto de vista cultu­ral, social, ambiental ou militar (Chaminade e Edquist, 2006).

Na literatura que aborda a prática inovadora, a política pública de inovação e a teoria da inovação existe uma preocupação constante em encontrar alternativas que conduzam a melhoria da eficácia e a eficiência relacionada tanto com a prática da política pública quanto na prática inovadora conduzida pelas empresas. Como resultantes deste processo dinâmico de interação entre os atores envolvidos na prática da inovação têmse as ideias, as racionalidades e os instru­mentos e as estratégias de intervenção das políticas públicas. Também estão presentes neste contexto a teoria e pesquisa da inovação, fazendo com que seja ressaltado o processo de aprendizado, onde se inclui o aprendizado da política públi­ca e da sua interação estreita entre o trabalho analítico acer­ca da inovação e o planeja­mento e a implementação da política pública (Kuhlmann et al., 2010).

Devido a alta complexidade do entendimento do termo ‘ino­vação tecnológica’ abordaremos as bases para um Movimento de Inovação Tecnológica no Brasil segundo Plonski (2006). Para este autor existe a necessi­dade de uma compreensão do que é (e o que não é) inovação tecnológica, sendo esta uma das bases de seu estudo; desta for­ma, podese avaliar que nos diferentes setores, a inovação tecnológica é conceituada de maneiras distintas na agricultu­ra, indústria e serviços, sendo necessária a criação de um mo­vimento de inovação tecnológi­ca (MIT) no Brasil para ajustar as lacunas existentes.

Inovação e competitividade

Em um estudo bibliométrico abordando o tema ‘Inovação’ realizado por Gonçalves et al. (2013), relatase, que em pri­meiro lugar existe uma prefe­rência pela citação do nome do autor Porter (1989), a partir de seu diamante competitivo, que aborda o tema inovação, sendo seguido em segundo lugar por Schumpeter. Uma das princi­pais definições sobre o tema inovação é proveniente dos es­tudos de Schumpeter (1998), quem relata que a Inovação deve produzir outras coisas, ou as mesmas coisas de outra ma­neira, combinar diferentemente materiais e forças, enfim, rea­lizar novas combinações.

A pontuação do Global Competitiveness Index (GII), é calculada pela compilação de dados privados e públicos de doze categorias principais con­sideradas os pilares da compe­titividade, que juntos formam um retrato global da competiti­vidade de um país. O GII tam­bém estabelece que quanto maior o número de inovações registradas em um país melhor se apresenta o resultado no ranking global de inovação. De acordo com o Global Competitiveness Report 20122013 do WEF, competitividade é defini­da como sendo o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país.

Percebese neste cenário, que uma organização pode obter retorno financeiro por estar à frente de seus concorrentes por meio de sua inovação (Shumpeter, 1988). Notase nos relatos que quando a técnica for copiada por outra empresa, o equilíbrio de vantagem volta ao seu patamar inicial. Baseandose na teoria do de­senvolvimento econômico, que norteia a busca por algo novo, e visa estabelecer novas regras rompendo com as antigas, sem­pre em busca da lucratividade (Tidd et al., 2008).

Hélice tríplice

Neste estudo abordaremos o modelo teórico da hélice tríplice proposto por Etzkowitz e Leydesdorff (2000), que tem como pilares o governo, empre­sas e universidades, elencando qual o papel das incubadoras de empresas neste cenário. Nos sistemas de inovação as univer­sidades e outras instituições semelhantes tem um destaque relevante, pois constituem o espaço onde são formados e treinados os cientistas e enge­nheiros que mais tarde ao atua­rem nas empresas, que em al­guns países, são um local onde se desenvolvem uma parcela considerável de pesquisas em áreas relacionadas a tecnologias específicas (Nelson, 2006).

A ideia central em torno da qual o modelo da hélice trípli­ce se desenvolve é de que a interação entre universidade­empresagoverno é a chave para estimular a inovação na sociedade baseada no conheci­mento. Observase neste con­texto que a universidade adqui­re um papel crescente na pro­dução de inovações tecnológi­cas, em decorrência da dimi­nuição da fronteira entre inven­ção e inovação (Etzkowitz e Leydesdorff, 2000).

A hélice tríplice visa nortear interações entre universidade, indústria e governo e pode ser considerada a chave para a ino­vação em uma sociedade que se baseia em gestão do conheci­mento (Etzkowitz, 2008).

Parques tecnológicos

O tema ‘Parques Tecnológicos’ começou a ser tratado no Brasil a partir da criação de um programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1984, para apoiar este tipo de iniciativa. A falta de uma cultura voltada para a inovação e o baixo número de empreendimentos inovadores existentes na época fez que os primeiros projetos de parques tecnológicos acabassem dando origem às primeiras incubado­ras de empresas no Brasil. Com o transbordamento deste movimento, devido ao grande número de incubadoras e em­presas incubadas a proposta de parques tecnológicos voltou a se fortalecer como alternativa para promoção do desenvolvi­mento tecnológico, econômico e social a partir do ano 2000, chegando atualmente a um nú­mero de cerca de 60 projetos, entre iniciativas em fase de operação, implantação ou pla­nejamento (Anprotec, 2012).

No Brasil existem legisla­ções específicas para inovação, atuação de núcleos de inovação tecnológica (NIT), incubadoras de empresas, startups,acelera­doras de startups, atuação do governo, universidades e esta­tais, notase neste contexto o Índice Brasil de Inovação (IBI), caracterizando o cenário das patentes e sua importância para o desenvolvimento econômico (Lamana e Kovaleski, 2010).

Incubadoras de empresas de base tecnológica

As incubadoras de empresas de base tecnológica e os parques tecnológicos constituem dois mecanismos de apoio à inovação e o desenvolvimento local e re­gional, porém notase que ainda são tratados de forma indepen­dente e desconecta (Etzkowitz et al. 2005; Kwon et al., 2012).

A incubadora pode ser vista como um exemplo do modelo de hélice tríplice, sendo trata­das como organizações híbri­das, ou seja, aquelas que inter­nalizam o relacionamento entre as três esferas, de forma a es­timular e criar um espaço de interação. Uma das caracterís­ticas das incubadoras é que a formação de empresas pode ser facilitada ao ser abordada como um processo educacional (Etzkowitz, 2002), motivo que levou a escolha deste modelo teórico para desenvolvimento desta pesquisa.

As incubadoras de empresas atuam em diversos setores do mercado brasileiro e de acordo com a pesquisa da ANPROTEC. As incubadoras de base tecnoló­gica, ou incubadoras tecnológi­cas respondem por 40%, ou seja, ~154 incubadoras, sendo estas o foco do presente estudo, para análise do processo de pré-incu­bação de empresas embrionárias de inovação tecnológica (EEIT) e tem como meta apresentar o ponto de vista dos gestores do parque tecnológico e incubado­ras de empresas pesquisados.

As empresas de base tecno­lógica ou EEIT são empreendi­mentos geralmente individuais ou de um grupo pequeno de sócios, em média de 2 a 5 pes­soas. A produção de bens e serviços de alto valor agregado e potencial de mercado se tra­duz em tendência ao cresci­mento ao longo do processo de incubação e de consolidação como graduadas. Assim, a mé­dia de tamanho das empresas multiplica-se por quase 2,5 vezes quando se comparam as incubadas e graduadas, e 6,21 para 15,06 postos de trabalho (Anprotec, 2012).

Método

A metodologia de estudo de caso foi escolhida como estra­tégia de investigação devido ao acesso a fontes documentais relacionadas com a temática e a possibilidade de entrevistas, pois segundo Yin (2005) a en­trevista é uma das fontes mais importantes de informações, e essenciais em uma pesquisa. Foi aplicada uma entrevista semiestruturada que norteou o âmbito da inovação tecnológica e quais são os principais fato­res que influenciam na decisão de um gestor de uma incuba­dora ou parque tecnológico para aprovação no processo de pré-incubação. Neste artigo são apresentados os critérios de pré-seleção de empresas em­brionárias de inovação tecnoló­gica, conforme adotados nas unidades de análise. Desta for­ma, foram determinados o ‘porque’ desta investigação, passa-se a próxima etapa que são definir ‘quais’ são as eta­pas consideradas críticas no processo de pré-incubação.

O fluxo de resolução de pro­blema (FRP) de acordo com Miguel et al. (2012) é compos­to por cinco etapas. Estas fases foram adaptadas neste artigo a partir da questão de pesquisa: 1) Problema.Quais são as pre­missas básicas para gestão de uma empresa embrionária de inovação tecnológica (startup) no processo de pré-incubação? 2) Método.Pesquisa documen­tal descritiva, qualitativa, utili­zando-se de entrevistas, pes­quisa a sites, relatórios anuais de incubadoras, parques tecno­lógicos e resultados obtidos a partir de órgãos reguladores do governo brasileiro. 3) Solução.Delimitar o estudo através da análise dos habitats de inova­ção do estado de São Paulo, Brasil. 4) Aplicação. Utilização do modelo de hélice tríplice para entendimento do cenário da inovação tecnológica em empresas embrionárias de inovação tecnológica e base do roteiro semiestruturado. 5) Conhecimento.Obter conhe­cimento a partir da análise dos resultados e conclusões dos gestores e empreendedores.

O estudo foi realizado a par­tir de entrevistas semiestrutu­radas, pesquisa documental de artigos e relatórios anuais pu­blicados por ambas as unidades bem como em seus editais de seleção de candidatos, sendo estas informações de domínio público.

A presente pesquisa tem ca­ráter descritivo sendo de natu­reza qualitativa. Foi realizada a partir de estudos de casos em duas unidades que são conside­radas hábitats de inovação no estado de São Paulo, segundo a Agência USP de Inovação. Foram entrevistados dois em­preendedores sócios proprietá­rios das empresas ‘M’ e ‘G’, visando relatar suas principais dificuldades no processo de pré-incubação.

Os entrevistados foram os gestores do Parque Tecnológico ‘PTX’ e Incubadoras ‘α’ e ‘β’, e os empreendedores das em­presas M e G. A delimitação do estudo visou tratar apenas do processo de pré-incubação de empresas embrionárias de inovação tecnológica (EEIT).

Resultados e Discussões

Parque Tecnológico ‘PTX’

A missão do Parque Tecno-lógico pesquisado é “Insti-tucionalizar a transferência de tecnologia da academia para o setor produtivo” (Parque Tecnológico ‘PTX’). Segundo o gestor seu modelo lógico foi inf luenciado pelo benchma­rking resultante de visitas aos habitats de inovação e empre­endedorismo de alguns países. Um dos locais visitados foi o Centro de Inovação da Alema-nha, situado na Universidade Técnica de Dortmund, em 2012. O modelo de gestão uti­lizado é considerado modelo de referência para o gestor. A Fundação Parque Tecnológico ‘PTX’ é a entidade pioneira que surgiu da primeira política pública para institucionalizar a transferência de tecnologia da academia para o setor produti­vo e fundou o Centro Incu-bador de Empresas Tecnoló-gicas que será tratado neste estudo como Incubadora ‘α’. O PTX conta com uma rede de seis incubadoras de base tecno­lógica. A seleção de empreen­dimentos é feita através da analise do estudo de viabilida­de técnica, econômica e finan­ceira do projeto, com avaliação do plano de negócios (se hou­ver) e oferece aos aprovados assessoria para que o empreen­dedor aprimore seu estudo de viabilidade, desenvolvendo pro­tótipos de produtos, serviços ou software para iniciar seu negócio. O resultado da pes­quisa no PTX apresenta a atuação da incubadora α, com enfoque em empreendimentos de base tecnológica e que con­ta com onze empresas incuba­das. O perfil dos empreendedo­res que estão participando da incubadora α seguem algumas características: faixa etária dos sócios proprietários de 20-35 anos, com nível de graduação de mestrado e doutorado, pos­suindo em média 5-6 colabora­dores por empresa participante do projeto de incubação.

Os empreendedores, ao serem abordados pelos gestores da in­cubadora e o pesquisador, fize­ram uma breve apresentação de seus empreendimentos elencan­do produtos e serviços disponi­bilizados ao mercado e sua vi­são de futuro para os negócios a curto, médio e longo prazos. Foi relatado que a maior difi­culdade está na gestão do negó­cio, e salientam que é primor­dial o auxílio que obtém dos órgãos de assessoria do parque tecnológico e da incubadora (gestores). Nota-se uma relação de amizade e trabalho em equi­pe. Segundo os gestores a taxa de mortalidade das empresas está em torno de 15%, devido à má gestão do negócio e proble­mas particulares entre os só­cios, estes por sua vez relacio­nados a conflito de interesses entre os proprietários.

Os empreendedores optaram por não responder a questão sobre o capital inicial investido para abertura da empresa. Incubadora β

A Incubadora ‘β’ é uma asso­ciação civil de direito privado sem fins lucrativos, estabelecida com a missão de promover o desenvolvimento da ciência, tec­nologia e inovação, incentivando a transformação do conhecimen­to em produtos e serviços inova­dores e competitivos.

Após análise do relatório anual da incubadora β, nota-se uma redução de 25,85% no to­tal de empresas incubadas no período que compreende de 2010 a 2013. Em 2013 das 109 empresas incubadas nota-se que 19 estão no processo de pré-in­cubação, 54 estão no processo de incubação e 36 empresas estão no processo de pós incubação. De acordo com o gestor da incubadora, a mortali­dade das empresas está em tor­no de 15%. Os empreendedores de duas empresas em processo de pré-incubação, M e G, ao serem entrevistados, informa­ram que as empresas não pos­suem planejamento estratégico e não atualizam seu plano de ne­gócios mensalmente, justifican­do que isto é devido a falta de tempo e conhecimento para elaboração e gerenciamento. Reconhecem que seria impor­tante fazer tais controles, pois poderia auxiliar e acelerar seu negócio, mas neste estágio de pré-incubação não tem tempo e falta aporte administrativo e financeiro para tal investimento. O capital semente investido conforme informado pelos em­preendedores no processo de pré-incubação nas duas empre­sas incubadas chegou em média a R$ ~200.000,00 para cada empreendimento.

Observou-se que a relação de vizinhança entre as empresas incubadas e a participação dos gestores é de suma importância para melhoria contínua dos pro­cessos, porém evidencia-se um distanciamento da academia (universidade) em relação aos projetos da incubadora.

Critérios seleção de empresas de base tecnológica nas incubadoras ‘.’ e ‘β.

Os critérios de seleção de empresas nas duas incubadoras α e β obedecem a uma estraté­gia de fluxo contínuo, ou seja, todo empreendedor pode sub­meter-se ao edital durante os doze meses do ano. Existe um roteiro específico para seleção com posterior aprovação, com três etapas:

1a etapa de seleção. Entrevista com os empreendedores, caso este(s) possuam um plano de negócio, este é analisado se necessário são sugeridas reco­mendações. Esta é uma etapa eliminatória do processo de se­leção e são abordadas cinco perguntas na entrevista entre gestor e empreendedor que são consideradas chave para aprova­ção: 1) ootencial de viabilidade tecnológica, econômica e mer­cadológica do empreendimento; 2) equipe técnica envolvida no empreendimento ou projeto; 3) potencial de recursos dos empreendedores para o pri­meiro ano de empreendimento; 4) conteúdo tecnológico e grau de inovação dos produtos ou serviços; 5) potencial de inte­ração com os serviços ofereci­dos pela incubadora e ou par­que tecnológico.

2a etapa de seleção. Os candi­datos aprovados na pré-seleção deverão participar pessoalmen­te ou, por intermédio de seus representantes, do programa de capacitação oferecido pela in­cubadora para elaboração ou aprimoramento do seu plano de negócios. Nesta etapa partici­pam de um treinamento especí­fico, em média com 40 horas de duração, além de bem en­contros com assessores e gesto­res para esclarecimento de dúvidas.

3a etapa de seleção. Apresen-tação do plano de negócios do empreendimento para entrevis­tas e avaliação final da propos­ta de negócio. Alguns aspectos referentes ao processo seletivo consideradas relevantes pelo gestores e citadas na entrevista são: capital inicial, ou disponi­bilidade de recursos para im­plantação do negócio; conteúdo tecnológico e um grau de ino­vação que possa viabilizar a busca por apoio financeiro para o projeto e bolsas de fomento de ensino e pesquisa; justifica­tiva das principais causas que influenciaram para a busca da parceria com o parque tecnoló­gico ou incubadora; o empre­endimento deve proporcionar retorno as partes envolvidas no processo, mesmo considerando­-se a missão da incubadora, pois isto influencia os indica­dores de sucesso da mesma.

Para delimitação do estudo abordaremos apenas o processo de pré-incubação de EEIT, que é a 1a etapa do processo, sendo analisadas as questões chave, ou seja, alguns requisitos elen­cados pelos gestores, que de­vem ser observados pelos em­preendedores para possível aprovação da empresa na pri­meira etapa de seleção, além das cinco questões chave apresentadas.

Governo: o empreendedor deve possuir um projeto com potencial de receber apoio fi­nanceiro pelo governo ou ór­gão de fomento, sendo neces­sário que este busque estas informações nos sites específi­cos visando avaliar qual é o órgão ou entidade parceiro da incubadora.

Parque Tecnológico: deve ofe­recer um retorno para o desen­volvimento local e regional conforme sua missão, desta forma seu empreendimento deve estar alinhado a esta estratégia.

Empreendedor: deve possuir capacidade financeira para via­bilizar seu projeto no estado inicial ou de pré-incubação no 1º ano.

Parcerias chave: O empreende­dor deve possuir uma equipe de profissionais qualificados no mercado e desenvolver seus conhecimentos no tocante a elaboração e gestão do seu plano de negócios, e, segundo os gestores, o empreendedor deve ficar atento ao item ges­tão do negócio.

Pontos fracos dos empreendedores, segundo os gestores

No cenário do empreendedo­rismo uma das premissas que é avaliada pelos gestores das in­cubadoras é o nível de conhe­cimento dos empreendedores. Considera-se que o conheci­mento é determinante, pois segundo o gestor do PTX “massa cinzenta é ouro em pó”, ordene sua apresentação com introdução, desenvolvi­mento e conclusão, relatando sua ideia de forma sistêmica e objetiva.

Empreendedorismo no Brasil, segundo os gestores

De acordo com os gestores, o único elemento que falta é a estruturação de uma universida­de específica com foco em ino­vação tecnológica; desta forma, seguiria os passos de algumas universidades, como a francesa Joseph Fourier sediada em Grenoble, a Escola Inglesa de São João da Madeira, a Universidade Stanford situada no estado da Califórnia, e a Universidade de Cambridge, que é uma tradicional institui­ção de ensino superior do Reino Unido. Assim sendo, te­ríamos uma escola de negócios, que teria como base os cursos de Empreendedorismo, Plano de Negócios e Ferramentas de Gestão Estratégica de Negócios. Este relato dos gestores apre­senta um alinhamento com o pensamento de Plonski (2006) que descreve que o Brasil pos­sui quase todos os elementos para um movimento de inova­ção tecnológica. Assim sendo, pela entrevista com o gestor se pode deduzir que a lacuna no conhecimento interdisciplinar entre o aspecto técnico que per­mite a inovação e a capacidade de avaliação da oportunidade de negócio advinda da tecnolo­gia e sua posterior gestão seria um dos elos faltantes para am­pliação do processo de inovação nas empresas nas incubadoras/ parques, ou até no país.

Gestão do negócio e inovação tecnológica, segundo os gestores

Os gestores relatam que uma das possíveis causas para a empresa se manter competitiva não é a inovação tecnológica e sim a gestão do negócio. Desta forma, precisam capacitar/ensi­nar o gestor a gerir seu plano de negócios, a formar preços, aplicando regras de custeio, análise de mercado, inserção de produtos e a gestão finan­ceira são algumas variáveis que devem requerer uma maior atenção por parte dos gestores, empreendedores e partes inte­ressadas. Existe a necessidade de se criar uma ponte entre a academia e o mundo externo, pois ensinar ferramentas de gestão aos empreendedores é determinante para o sucesso ou fracasso de qualquer empreen­dimento. A partir deste relato dos gestores pode-se inferir que no Brasil a inovação tem um valor social, porém ainda falta cultura/conhecimento ao povo brasileiro, isto permitiria um acesso a um número maior de empreendedores aos parques tecnológicos e incubadoras. Estudos indicam que as regiões mais desenvolvidas, possuem uma porcentagem da população maior com nível superior, veri­fica-se uma maior porcentagem de pesquisadores, seja em em­presas ou universidades, consi­derando-se o total da popula­ção, e que aumentar a taxa de pessoas capacitadas, é uma das mais importantes iniciativas voltadas para incrementar a inovação, a produtividades, o crescimento econômico e me­lhorar o bem estar social e a equidade (Cornell University et al., 2014).

A criação de um ambiente baseado em inovação e conhe­cimento com compromisso so­cial e ambiental pode quebrar as barreiras entre estudos aca­dêmicos e casos práticos. A empresa deve estar dentro da universidade, às universidades devem fazer pesquisas que as empresas tenham interesse, pois o dinheiro do estado/go­verno não é suficiente. Se-gundo os gestores, as teorias que lidam com este problema, sustentam as possíveis hipóte­ses de que as empresas em­brionárias não se utilizam de metodologias para acelerar os seus negócios nem tão pouco tem os dados para mensurar seus benefícios e não tendo possibilidades de minimizar o risco de fracasso de sua ideia inovadora.

Possíveis causas da mortalidade das empresas, segundo os gestores

Um dos pontos citados pelos gestores é a falta de recursos para manter e oferecer serviços aos empreendedores por parte da incubadora/parque tecnoló­gico, pois as empresas ou ini­ciativa privada diminuíram o investimento em novos empre­endimentos nos últimos 10 anos. Um dos entrevistados resume a situação com a se­guinte frase: O cenário social das oportunidades para empre­endedores segue o seguinte relato segundo um dos gesto­res. “Se você é filho do rei, você tem oportunidade. Se não, você fica onde está.” Este fato, é surpreendente, pois no cená-rio de aprovação e implementa­ção da Lei de Inovação, quan­do a política pública específica é criada e aumentam os recur­sos públicos disponíveis para esta finalidade, têm-se a dimi­nuição de recursos privados. Uma diferença que deve ser avaliada no Brasil é a relação entre universidade pública e gratuita ‘federal’ e os recursos/ verbas serem destinados sem critério social, nota-se neste cenário uma necessidade de proporcionar oportunidade-sa todas as classes sociais. Segundo um dos gestores um exemplo de adoção das melho­res práticas é a Universidade de Harvard, que se utiliza de fundos de doação, participação de empresas, participação da sociedade e lista de financiado­res; estes mantenedores garan­tem um acesso mais eficiente a um número maior de empreen­dedores. Outro aspecto é que o possível problema não é falta de recursos, mas a não inclu­são das incubadoras na política de inovação brasileira de forma efetiva. As incubadoras não tem sido consideradas como estruturas permanentes, que portanto necessitam de um mínimo de recursos também permanentes. Os gestores gas­tam parte preciosa de seu tem­po elaborando projetos de tem­po curto para financiamento das atividades das incubadoras. Para uma ação mais efetiva este aspecto deve ser revisto, pois isto inviabiliza a manuten­ção da incubadora e principal­mente prejudica os empreende­dores que confiam nestas es­truturas, depositam nelas os seus sonhos e não recebem permanente assessoria que a incubadora não consegue viabi­lizar de forma permanente.

Uma das sugestões propostas pelos gestores para mitigar este ponto fraco seria a criação de uma escola de negócios, estabe­lecendo um convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Alguns cursos suge­ridos são: Plano de Negócios e Ferramentas de Gestão, para empreendedores, norteando bol­sas de fomento como, por exem­plo, FAPESP-PIPE, BNDES, FINEP e BNDES, entre outros.

Conclusões

Este trabalho teve como ob­jetivo identificar aspectos rele­vantes para o sucesso dos em­preendedores na fase de pré-incubação.

Os gestores relatam que existe uma falta de conheci­mento dos empreendedores no processo de pré-incubação, que é evidenciado na fase de sele­ção de novos empreendimentos. Segundo os gestores, os empre­endedores apresentam falta de conhecimento sobre a estrutura formal de um plano de negó­cios, não apresentam noções básicas de custeio, formação de preços, planejamento operacio­nal e estratégico. Também é relatado pelos gestores que falta conhecimento sobre ferra­mentas de gestão, eles sugerem o modelo de hélice tríplice da inovação como uma possível solução para integração dos processos entre universidade, empresa e governo a partir do redesenho de políticas públicas integradas entre estes três ato­res na busca de mitigação des­tes pontos fracos.

Pode-se concluir que os pon­tos fracos que devem ser moni­torados e desenvolvidos pelos empreendedores segundo os gestores dos parques tecnológi­cos e incubadoras de empresas, tem correlação com o Relatório de Sobrevivência e Mortalidade de Empresas (SEBRAE, 2013). Estes podem levar ao fechamento ou repro­vação no processo de seleção de seu empreendimento e são: um comportamento do empre­endedor pouco desenvolvido, falta de planejamento prévio, gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura económica, e problemas pesso­ais do proprietários.

Segundo os resultados obti­dos, existe uma sinergia entre empreendedores e os gestores das incubadoras estudadas (α e β), sendo fornecidos cursos de aperfeiçoamento, treinamentos específicos, acompanhamento, elaboração e refinamento dos planos de negócios e uma busca constante de órgãos de fomento, isto visando o sucesso dos ne­gócios e um atendimento a missão da incubadora, mesmo com os pontos fracos apresenta­dos anteriormente, a mortalida­de das empresas cai de 27% para 15% quando a empresa esta em processo de incubação, quando comparado aos dados do SEBRAE.

A pesquisa realizada corrobo­ra com uma das conclusões provenientes do relatório da ANPROTEC (2012) que eviden­cia a necessidade de aprofunda­mento nas discussões no tocan­te a gestão de serviços de capa­citação de empreendedores. A presente pesquisa busca servir de parâmetro para que os em­preendedores tenham consciên­cia dos aspectos relevantes, vi­sando estar preparados para a entrevista de pré-seleção.

Como continuidade à presen­te pesquisa, pretende-se apro­fundar na discussão do referen­te tema por parte do governo, universidades e empresas. Deve-se buscar um entendi­mento e hierarquização das necessidades e interesses por parte do governo e universida­des, visto que o presente estu­do enfocou predominantemente o ponto de vista dos gestores dos parques tecnológicos e incubadoras.

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Notas

Demesio Carvalho de Sousa M.Sc. em Engenharia de Produção, Universidade Paulista (UNIP), Brasil. Professor, UNIP, Brasil.

email: sousau­

Rodrigo Franco Gonçalves Doutor em Engenharia de Produção, Universidade de São Paulo (USP), Brasil. Professor, UNIP e Universidade de São Paulo (USP), Brasil.

email:

Mariza Almeida Doutora em Engenhar ia de Produção, Universidade Federal do Rio de Janei ro (UFRJ) Brasil. Professora, UFRJ, Brasil.

email: mariza.almeida@uni­rio.br

José Benedito Sacomano Doutor em Engenharia Mecânica, USP, Brasil. Professor, UNIP, Brasil.

wmail: jbsacomano@ gmail.com

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